Organização afirma que os lucros não estão sendo investidos o que afeta a criação de novos empregos
A OIT (Organização internacional do Trabalho) divulgou, nesta segunda-feira (3), o relatório sobre o trabalho mundial em 2013. No texto, a organização destacou que, mesmo com a crise europeia, as grandes empresas mantiveram os bons resultados no período, entretanto elas não aplicaram seus lucros em investimentos produtivos na economia real. De acordo com o documento, esta situação é um obstáculo para a criação de empregos.
"Há uma clara relação entre o investimento e o emprego. Melhorar a atividade de investimento é crucial para permitir que as empresas aproveitem as novas oportunidades para se expandir e contratar novos funcionários", disse Raymond Torres, diretor do Instituto Internacional de Estudos do Trabalho da OIT.
Com muito serviço e pouco descanso, mais de 52 milhões de pessoas trabalham como domésticos no mundo
O levantamento feito pela OIT aponta que as grandes empresas da economia mundial conseguiram aumentar seus lucros constantemente desde 2008. Atualmente, os resultados financeiros estão se aproximando daqueles conseguidos nos períodos pré-crise financeira, mais especificamente dos picos obtidos em 2004 e 2007.
Porém, apesar da notícia ser positiva, a organização alerta que estes lucros não estão sendo revertidos em resultados produtivos. Ou seja, a grande maioria das empresas não está utilizando o caixa para fazer novos empreendimentos ou incrementar a produção atual. De acordo com a entidade, a maior parte deste capital está sendo aplicado em outros tipos de investimento, como o mercado financeiro.
Dessa forma, mesmo com o bom resultado dos últimos anos, as empresas não estão transformando o lucro obtido em empregos e por isso, não estão colaborado de forma efetiva para o aumento das oportunidades para os trabalhadores.
Desigualdades
O relatório da OIT também identificou o aumento das desigualdades entre as grandes e as pequenas empresas. Em termos de lucros e investimentos produtivos, os negócios de pequeno porte estão ficando para trás dos competidores maiores.
"Houve uma polarização crescente entre pequenas e grandes empresas em termos de rentabilidade. Isto é de particular interesse como empresas de pequeno e médio porte, normalmente responsáveis por significativa criação de emprego", disse Torres.
Enquanto a maioria das grandes empresas já recuperou o acesso aos mercados de capitais, pequenas empresas são desproporcionalmente afetadas pelas condições de crédito bancário. Este é um problema para a recuperação imediata de trabalho e afeta as perspectivas econômicas em longo prazo.
Fonte: R7
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