Ramallah, (Prensa Latina)
O achado de restos de dúzias de pessoas em uma tumba coletiva na cidade israelense de Tel Aviv poderia testemunhar hoje, 65 anos depois, massacres das milícias israelenses.
Grupos armados formados por entidades sionistas tais como Irgun, Stern e Haganah foram responsáveis por matanças coletivas para obrigar a centenas de milhares de palestinos a abandonar seus lares e zonas de residências durante e após a guerra de 1948, desatada pela proclamação do Estado de Israel.
Os restos foram encontrados em seis câmaras durante trabalhos de reparo na quinta-feira passada mas só ontem se determinou que se trata de civis palestinos, mortos em circunstâncias misteriosas e sepultados a toda pressa no que hoje é o distrito de Jaffa.
Em Gaza, um pescador de 80 anos, afirmou que na sua juventude foi obrigado pelas milícias sionistas a levar ao lugar cadáveres de homens e mulheres e colocá-los em tumbas coletivas.
Lembro ter levado (...) não menos de 60 cadáveres em um espaço de três ou quatro meses (...) depois as tumbas eram cobertas de terra sem ritos nem preces, disse à imprensa Maan Atar Zeinab, um pescador residente na zona.
Durante os dias posteriores à proclamação de Israel em maio de 1948 as milícias sionistas, apoiadas por militares britânicos e especialistas castrenses de vários países, aniquilaram ou obrigaram a populações inteiras a deslocar de seus lugares de residência.
O mais notório dos casos dessa limpeza étnica foi o da aldeia de Deir Yessin, cujos habitantes, incluídos mulheres, meninos e idosos não beligerantes, foram metralhados em abundância e as construções demolidas.
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