Números foram divulgados em evento da FIESC para debater os problemas do sanemento básico no Estado
Thiago Santaella
Santa Catarina tem apenas 14% da população com acesso à uma rede de esgoto, um dos quatro fatores definidos como saneamento básico. Entre os municípios em que a questão é administrada pela Casan, há uma leve melhora, 18%, o que não tira o Estado da parte de baixo da tabela.
— O dado que mais choca, em toda apresentação que eu levo, é o número de Santa Catarina. Ninguém acredita que o Estado tem esse percentual assim tão baixo. Infelizmente, está entre os piores — conta Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil, entidade que atua na promoção do tema saneamento básico como política pública.
Os dados foram apresentados no lançamento do Plano Sustentabilidade para a Competitividade da Indústria Catarinense, realizado pela Fiesc, em palestras na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina, em Florianópolis. A entidade busca mostrar a necessidade de investimentos na área.
A cobertura da coleta e tratamento é mínima no Estado. Só 47 municípios, dos 295 catarinenses, têm acesso a uma rede de esgoto, de acordo com os últimos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), de 2012. Isso representa apenas 16% das cidades.
— Um dos nossos desafios é o licenciamento ambiental dos projetos. E aí nisso as exigências são muito grandes. Implicam até em alteração em um projeto que às vezes já está pronto e habilitado para licitar — disse o gerente de construção da Casan, Fábio Krieger.
Dentre os administrados pela Casan, Florianópolis, a Capital do Estado, é a melhor cidade em cobertura de esgoto em Santa Catarina com 53% da população atendida. Com os investimentos previstos atualmente, que somam R$ 400 milhões, a proposta é ampliar essa cobertura para 75% da população da cidade até 2017.
A piores, são as 248 que não tem nem um metro de rede para coleta de esgoto. É nesses municípios e na cobertura que ainda falta entre as cidades maiores que reside a imensa maioria dos catarinenses.
Apenas 914 mil catarinenses direcionam seu esgoto para uma rede coletora, seja porque não tem acesso ou porque não fizeram a conexão. Isso representa 14% da população estimada de Santa Catarina para o mesmo ano da coleta das informações pelo Ministério das Cidades.
Fonte: DIÁRIO CATARINENSE
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