Cunha e Malafaia criam ‘jabuti’ que livra pastores de imposto
Malafaia e Cunha tramam
na calada da noite como levar
vantagem à custa do povo
O evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na foto à direita, presidente da Câmara dos Deputados, e o pastor Silas Malafaia (foto) são os pais do ‘jabuti’ que concedeu a pastores isenção fiscal das comissões que recebem das igrejas por atingir meta de recolhimento de dízimo e de novos fiéis. Essa prática é mais acentuada nas igrejas neopentecostais.
“Jabuti” é uma emenda que deputados enfiam sorrateiramente em uma MP (Medida Provisória) para instituir benefícios que provavelmente não seriam aprovados se chamassem a atenção da imprensa e de outros parlamentares.
A alusão ao bicho faz parte da sabedoria popular de que jabuti não sobe em árvores e quando ele aparece no topo de uma delas é porque alguém o colocou lá.
A Folha de S.Paulo apurou: Cunha introduziu o “jabuti” na Medida Provisória 668, referente a produtos importados, e que Malafaia foi um dos principais defensores da gestação do “animal”. Tudo na calada da noite.
O pastor recorre com frequência às redes sociais para destilar seu preconceito contra homossexuais, mas, quando se trata de um assunto polêmico que beneficia evangélicos à custa de todos os brasileiros, ele fica na moita.
O “jabuti” de Cunha e Malafaia só vai descer da árvore se Dilma Rousseff vetá-lo, o que, neste momento, parece pouco provável por causa do enfraquecimento político da presidente.
De imediato, a decisão vai beneficiar as igrejas que foram autuadas por pagarem as comissões como se fossem ajuda de custo (como transporte e moradia), livrando assim os pastores do desembolso do dinheiro do imposto.
As igrejas desfrutam de imunidade tributária, mas a Constituição não concede o mesmo direito aos pastores.
Estima-se, segundo o jornal, que o total das autuações pela ilegalidade seja de R$ 300 milhões.
Entre as denominações flagradas pelos fiscais da Receita Federal, destacam-se a Igreja Internacional da Graça de Deus, que só em 2014 foi multada em R$ 60 milhões. R.R. Soares, seu chefe, não quer falar sobre o assunto.
Não há informações disponíveis para avaliar o quanto a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, de Malafaia, e a Assembleia de Deus, de Cunha, e seus pastores serão beneficiados.
Cunha disse que não há nenhuma irregularidade em sua emenda, porque ela "apenas esclarece regra antiga" e que do jeito que estava se fazendo, havia desculpas para lavrar auto de infração contra as igrejas”.
Se é assim como ele disse, por que então precisou colocar o jabuti em cima da árvore?
Com informação da Folha de S.Paulo e outras fontes.
Leia mais em http://www.paulopes.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário