Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Ouvir Rádio









Busca


Cientistas descobrem na Amazônia a primeira ave híbrida do mundo
CC BY-SA 3.0 / Dysmorodrepanis / Macho da espécie de ave Lepidothrix vilasboasi (foto cortada)
Ciência e tecnologia
10:14 26.12.2017(atualizado 10:19 26.12.2017) URL curta
10252


Especialistas canadenses descobriram por acaso que as aves Lepidothrix vilasboasi, uma espécie rara da Amazônia, são as primeiras aves "híbridas" no território da América e talvez de todo o mundo, diz um artigo publicado na revista PNAS.


"Há inúmeras plantas híbridas, mas entre os animais vertebrados os híbridos são muito raros", afirmou Jason Weir, especialista da universidade de Toronto.

CC BY-SA 2.0 / Eric Kilby / Lounging Leopard
Fantasma da taiga: motorista filma por acaso felino mais raro do mundo (VÍDEO)Normalmente, cientistas chamam de híbridos os descendentes de duas espécies diferentes de animais que, de alguma maneira, trocaram material genético. Em geral, os híbridos se encontram entre plantas, mas não entre os animais. Falando das aves, até hoje não foi conhecido nenhum caso de híbrido natural.

A raridade dos híbridos se deve ao fato de serem estéreis e não poderem se multiplicar, o que não os permite a criar uma espécie separada, mesmo que tenham vantagens perante ambas as espécies parentais. Entre as exceções desta regra estão o golfinho-clímene, bisão-europeu (híbrido do bisão-das-planícies e ancestrais de vacas) e o cão-selvagem-asiático (descendentes de coiotes e lobos).

Weir e seus colegas acreditam ter descoberto o primeiro híbrido de aves. Durante expedições à Amazônia, eles estudaram laços parentais de pipras, aves tropicais sul-americanas. Após analisar o DNA das aves, cientistas descobriram a origem extraordinária da subespécie Lepidothrix vilasboasi (dançador-de-coroa-dourada).

Os resultados da pesquisa mostraram que o DNA desta subespécie é constituído por duas partes diferentes: 20% do uirapuru-de-chapéu-branco (Lepidothrix nattereri) e 80% do cabeça-de-prata (Lepidothrix iris). Segundo a análise, a subespécie surgiu recentemente — cerca de 180 mil anos atrás.

© AFP 2017/ MARK RALSTON / AFP
 
Isso aconteceu graças a dois fatores: isolamento significativo dos ancestrais dessas aves e o fato dos últimos também terem surgido há pouco tempo — cerca de 300 mil anos atrás.

O processo de hibridização fez com que a estrutura da plumagem dos machos da ave se mudasse, tornando-se muito pálida. Por essa razão, com a evolução, representantes do Lepidothrix vilasboasi, desenvolveram uma plumagem amarela vívida, que atrai as fêmeas. Essa mudança, segundo Jason Weir, é a razão pela qual as aves se tornaram uma espécie separada e não uma variante de seus ancestrais.
 
Fonte: SPUTNIK

Nenhum comentário: