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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Sobre a minha terra (Canasvieiras), " ninho de açores" e de intrépidos marinheiros

Lendo Henrique Boiteux - Santa Catharina na Marinha (*),  deparei-me com o nome da antiga freguesia da nossa Ilha de Santa Catarina grafado como Cannavieiras.

O "n" dobrado não constitui novidade, mas a ausência do "s" (canna, em vez de cannas) é que me chamou a atenção.

Ocorre que em vários pontos da mesma obra tal grafia (Cannavieiras) foi repetida. Ademais, há um lugar no Estado da Bahia também conhecido como CANAVIEIRAS. 

Está aí um detalhe para ser investigado em outros documentos antigos.

Para homenagear os meus conterrâneos, transcrevo um trecho da obra de Boiteux, acima citada: 

Em Cannavieiras, no extremo norte da ilha de Santa Catharina, ninho de açores, donde sairam muitos para tripular corsários armados pelos federados americanos na guerra de seccessão, e ainda hoje saem para o serviço de praticagem da perigosa barra do Rio Grande, nasceu José Francisco Alves Serpa, a 13 de junho de 1822. Eram seus paes, o capitão Raulino Alves de Brito, pessoa de destaque na freguezia de Santo Antonio, e d. Anna Joaquina de Jesus. 

Desde menino nas lides da pesca da balêa e depois embarcado em baleeiras americanas que, de ida e de regresso da pesca desses cetaceos nos mares do sul, procuravam os ancoradouros de Santo Antonio, Sambaqui, Cannavieiras e Caieiras para refresco, e abastecimento, tornou-se Alves Serpa marinheiro provecto e depois, no mourejo, pela nossa costa, mais se affirmaram suas aptidões e qualidades de perfeito homem do mar (P. 11 da biografia de José Francisco Alves Serpa)

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(*) - http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/OBRAS%20RARAS/1912%20-%20SANTA%20CATHARINA%20NA%20MARINHA.pdf

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