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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Os puritanos costumam ser grandes enganadores - Partido de Marina Silva promete ser uma “legenda pura”



Estatuto do Rede Sustentabilidade proíbe filiação de político ficha suja e doações das indústrias de armamentos, alcoólica e tabaco, mas admite que poderá fazer alianças


Wilson Lima - iG Brasília | 16/02/2013 18:39:16


O novo partido fundado pela ex-senadora Marina Silva, cujo nome será Rede Sustentabilidade, nasce com a promessa de se tornar a primeira “legenda pura” entre as existentes no Brasil. Os articuladores do partido dizem que a ideia é partir de um novo paradigma em que as articulações políticas não tomem como base a troca de cargos ou favores. 


Apesar de já surgir com medidas moralizadoras, a direção do novo partido afirma que não é “nem esquerda”, “nem direta” e admitiu fazer alianças com as chamadas legendas tradicionais, dependendo “do projeto político de cada candidato”. “Se um candidato tiver um projeto semelhante ao nosso, receberá o nosso apoio”, afirmou Marina Silva.

Futura Press
Partido de Marina vai se chamar Rede Sustentabilidade, mas não pretende ser legenda de dissidentes do PV



Na constituição do partido, cujo primeiro estatuto foi aprovado neste sábado durante o lançamento oficial da legenda, foi aprovado que nenhum político “ficha suja” integrará seus quadros. A exceção fica por conta de ativistas sociais eventualmente condenados em segunda instância. A lei da ficha limpa proíbe a candidatura de qualquer pessoa que tenha condenação judicial em órgão colegiado.

A nova legenda também não vai aceitar doações que venham das indústrias de armamentos, alcoólica e de tabaco, de grandes agropecuários, entre outras. Outra medida considerada moralizadora é a inclusão no estatuto de conselhos sociais que vão fiscalizar a legenda. A captação de recursos via grandes empresas foi vetada e os integrantes do Rede Sustentabilidade arcarão as despesas do partido com doações que vão variar de R$ 10 a R$ 90 por mês.


Existirá também um teto de captação de recursos que vai variar de acordo com cada tipo de candidatura (para deputado federal, por exemplo, o valor será inferior que para presidente da república). Esses tetos somente serão definidos durante o início do processo eleitoral, em executivas nacionais da legenda.

O evento de lançamento do partido foi uma espécie de teste desse modelo. A festa custou aproximadamente R$ 150 mil, pagos pelos seus 250 membros. O valor é semelhante ao que foi gasto na recepção ao novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Mas a festa pró-Barbosa foi capitaneada por entidades de classes como a Associação dos Magistrados Brasileiros (MAB), por exemplo.

Segundo Marina Silva, a ideia de se criar um novo partido é uma “quebra de paradigma”. “Estamos em um processo de desconstrução do monopólio que o partido tem da política”, afirmou Marina. Os fundadores da legenda dizem que 90% dos políticos que procuram abrigo no Rede buscam voltar a exercer política de base e comunitária.

Ao contrário do que se imaginava no início, a nova legenda não é classificada pelos seus membros como uma dissidência do PV, embora toque em questões semelhantes como sustentabilidade e preservação ambiental. Seus líderes afirmam que a formalização do Rede visa a uma discussão que vai além do meio ambiente.

Já existem membros do PV, do PT, do PSDB, do PPS e do PDT interessados em integrar o novo partido. “Estamos alertando a todos que buscam a Rede que antes de pensar em disputar eleições, queremos implementar um novo modelo de fazer política”, defendeu o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP), que integrará o novo partido. “Nós não estamos capitaneando pessoas, todas que estão no partido, nos procuraram”, disse Marina Silva.

No estatuto também estão previstas outras medidas polêmicas como a proibição de um parlamentar concorrer uma eleição após 16 anos de mandato e a exigência de um deputado federal renunciar seu mandato caso ele seja convocado a exercer cargos no poder executivo.

O partido nasce com representantes fortes em pelo menos cinco estados Brasileiros: Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas e Maranhão. A intenção é aumentar essa rede e nos próximos três meses conseguir as 500 mil assinaturas necessárias para a obtenção do registro junto à Justiça Eleitoral. O partido precisa passar por todo o processo de formalização até setembro para disputar as eleições de 2014. A própria Marina Silva admite que pode ser candidata a presidenta da república pela nova legenda.

Fonte: ULTIMO SEGUNDO

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ATUALIZAÇÃO:


Marina Silva e os bilionários que embalam seu sonho
Postado em: 16 fev 2013 às 19:25

Neca Setúbal, herdeira do banco Itaú foi quem assinou o cheque para patrocinar o evento deste sábado, que lançou oficialmente o partido de Marina Silva; Guilherme Leal, que foi vice de Marina na candidatura à presidência em 2010, é fundador da Natura e dono de uma fortuna de US$ 1,6 bilhão

Decidida a selecionar as doações financeiras que receberá para a sustentação de seu novo partido, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva tem ao seu lado dois grandes patrocinadores, dispostos a embalar seu sonho.
Um deles é Guilherme Leal, que foi vice na chapa de Marina em sua candidatura à presidência da República em 2010, pelo Partido Verde. Fundador do grupo Natura, o empresário é dono hoje de uma fortuna de US$ 1,6 bilhão, de acordo com a revista Forbes.
novo partido marina silva
Dois bilionários embalam o sonho de Marina Silva (Foto: Agência Brasil)
Já Maria Alice Setúbal, conhecida como Neca Setúbal, é nada menos do que herdeira do banco Itaú e detentora de 3,5% das ações da holding do grupo. Foi ela quem assinou o cheque para patrocinar a festa dada neste sábado 16, no evento de lançamento do novo partido de Marina, e será a responsável por passar a sacola entre os empresários, a fim de obter mais arrecadações.

Não é para qualquer um

A “vaquinha” pode ser um pouco mais complicada neste caso, visto que Marina já deixou bem claro que não está disposta a usar dinheiro de companhias que atuam em setores contrários à sua linha de pensamento do que seria um desenvolvimento sustentável para o País. Alguns exemplos: fabricantes de tabaco, bebidas alcoólicas, armas e agrotóxicos.
  • A norma estabelecida pelo partido tende a barrar, desta vez, verba que ela recebeu em 2010, quando teve, entre seus patrocinadores, a Ambev (Companhia de Bebidas das Américas), que doou cerca de R$ 400 mil. Os setores vetados detêm grandes companhias, que poderiam realizar doações de valores altíssimos, mas como estão de fora, o jeito é Marina aguardar pelos banqueiros.

Nem oposição nem situação

Nem oposição nem situação, precisamos de posição”. Essas foram as palavras da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva no início do evento de lançamento do novo partido político, chamado Rede, que acontece neste sábado (16) em Brasília. Na sua avaliação, o partido nasce em um momento significativo da história da humanidade. “Estamos vivendo uma crise civilizatória e não temos o repertório necessário para enfrentá-la”, afirmou.
A fala de Marina remete a uma declaração do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Ao lançar em 2011 o seu partido, o PSD, ele declarou que a legenda não era centro, de direita nem de esquerda.

Fonte: PRAGMATISMO POLÍTICO

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