O narcotraficante Pablo Escobar matou-se com um tiro na cabeça para não se deixar capturar pelas autoridades.
ARQUIVO/GLOBAL IMAGENS
O narcotraficante morreu, em 1993, após um intenso tiroteio
"É tudo falso o que contam sobre a morte dele. Mas antes de mais, quero declarar que, para mim, é indistinto se o meu pai se matou ou não. Isso não faz dele pior ou melhor pessoa, nem me faz ganhar ou perder. Já está morto e isso é o que muitos queriam", disse à Lusa Juan Pablo Escobar que na biografia sobre o maior traficante de droga da América do Sul revelou que o pai sempre teve a intenção de se matar em caso de captura iminente.
De acordo com Juan Pablo Escobar, 38 anos, o pai foi cercado pelas autoridades no dia 2 de julho de 1993, em Medellín, Colômbia, tendo morrido num telhado após um intenso tiroteio.
As autoridades colombianas, com a colaboração de elementos norte-americanos "vangloriaram-se" pela morte do traficante mas, segundo Juan Pablo Escobar, o pai matou-se quando viu que não tinha escapatória.
"Tive acesso a informação confidencial e em primeira mão dos médicos forenses que realizaram a autópsia. Foram eles quem nos informou que ele se tinha suicidado, mas que tinham sido ameaçados de morte pela polícia e, por isso, mudaram o relatório", revelou.
Afirmando que na família se falava do suicídio "como se fosse conversa sobre o clima ou água mineral", referiu que o pai sempre falou nesta hipótese por ter assumido que "jamais se deixaria capturar vivo", recordou o filho do homem que dizia que preferia uma "tumba na Colômbia do que uma prisão nos Estados Unidos".
"Ele dizia sempre: 'eu tenho 15 balas na minha pistola, 14 para os meus inimigos e a última bala vai ser para mim'. Chegava mesmo a descrever o local exato onde ia disparar. Chegou mesmo a perguntar a médicos para saber onde tinha de disparar porque o seu maior temor era sobreviver à captura", afirmou.
A Drug Enforcement Agency (DEA- departamento antidroga norte-americano) tem uma versão "ao estilo de Hollywood" sobre a morte do pai, desabafou o filho do narcotraficante colombiano.
O livro "Pablo Escobar -- O meu pai -- A radiografia íntima do narcotraficante mais famoso de todos os tempos", (Editora Planeta, 411 páginas) incluiu uma série de fotografias inéditas e foi lançado este mês em Portugal.
Fonte: http://www.jn.pt/
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