Os servidores do TJ/SC - que estão em greve - poderiam aproveitar para, valendo-se do respectivo Sindicato, dar ao conhecimento da sociedade, o desbragado tráfico de influência que praticam ministros, desembargadores, juízes e procuradores de justiça aposentados, quando passam a atuar como advogados nos tribunais brasileiros.
Este é um problema crônico, do conhecimento geral dos atores do Judiciário, mas que ninguém tem coragem de denunciar e que afeta os advogados que não integraram aquelas categorias (e respectivos clientes), porque muitos magistrados cedem, por cortesia, aos apelos dos antigos colegas, em proveito dos seus constituintes e próprios, é claro.
Obviamente, este não é um problema restrito ao Judiciário catarinense, nem estadual, mas que ocorre em todo o país, inegavelmente, em todas as esferas.
É preciso passar a limpo o Judiciário também. Obviamente ninguém se ilude que naquele poder só laboram profissionais impolutos. De vez em quando explode um escândalo de venda de sentenças, de apropriacão e uso indevido de bens apreendidos, de apropriação de salários de assessores, mas o que vem ao conhecimento público é muito pouco. As Corregedorias não atuam com a devida isenção, mitigando os efeitos do seu trabalho por força do espírito de corpo.
A legislação, que permite punir os magistrados faltosos com afastamento do serviço e premiá-los com aposentadoria é um despautério e um estímulo à improbidade. Assim, só a divulgação das sacanagens nas redes sociais poderá modificar panorama tão tenebroso.
Os dirigentes sindicais gozam de estabilidade, em regra, ficando, assim, protegidos contra eventual perseguição se denunciarem , com provas, magistrados que favoreçam ex-colegas ou ex-membros do MP de forma indevida.
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