Virologista russo pronunciou-se sobre a existência de um grupo de pessoas portadoras assintomáticas do novo coronavírus que promovem a imunidade de grupo, funcionando como uma vacina.
Feliks Yershov, virologista e membro da Academia de Ciências da Rússia, comentou em 19 de abril ao portal russo NSN a posição defendida na véspera pelo doutorado em Ciências Biológicas Vladimir Makarov em como a mais perigosa característica do SARS-CoV-2 seria a de pessoas assintomáticas, mas portadoras do vírus, poderem infectar outras sem ninguém perceber.
Em sentido contrário, Yershov defende que não se trata de "pacientes assintomáticos, mas de hospedeiros saudáveis. Eles não estão doentes", afirmou.
O acadêmico calcula que este grupo, constituído em sua maioria por crianças e jovens, corresponde a cerca de 50% dos contaminados, carregando o vírus e infectando outros.
"Eles disseminam o vírus e, na verdade, acabam fazendo o que uma vacina deve fazer: a imunização coletiva. Quando chegar a 70%, o crescimento da doença acaba. Este processo é bem conhecido entre as infecções virais", concluiu o virologista.
Contudo, ele alerta para o fato de isso não poder dar azo a que se deixe de cumprir as medidas preventivas.
Na Rússia, o número de infectados ultrapassou os 47.000, havendo cerca de 3.500 pessoas curadas. As autoridades instaram os cidadãos a tomarem todas as precauções, em particular a usar máscaras em locais públicos e a manterem uma distância de segurança.
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