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quinta-feira, 30 de abril de 2020

A Anita nordestina

Conta o historiador ROCHA POMBO, em breves palavras, a luta de CLARA CAMARÃO, ao lado do marido, no combate aos holandeses: 
Ali foi, pela sexta vez, ferido Henrique Dias, levando-lhe agora a bala uma das mãos. Também neste combate figurou Clara Camarão, ao lado do marido, "a cavalo e armada de uma lança". 

A época em que a valete guerreira entrou em combate foi após a chegada de Maurício de Nassau, ou seja, no ano de 1637. 

Clara Camarão (batizada como Clara Filipa Camarão)[1] foi uma indígena brasileira, da etnia Potiguara, e que teria nascido na metade do século XVII, supostamente, na região onde localiza-se atualmente o bairro de IgapóRio Grande do Norte, as margens do Rio Potengi. Foi catequizada por padres jesuítas juntamente com seu marido, Filipe Camarão.[2]
Entrou para a historia brasileira por participar de batalhas junto com seu marido durante as invasões holandesas em Olinda e no Recife, embora seja difícil devido as escassas fontes saber qual a real atuação dela nestas batalhas. 
Clara também teria liderado um grupo de guerreiras indígenas na luta contra os holandeses, assim como o seu marido liderava um grupo de índios. 
Segundo relatos históricos, na cidade em 1637, ela teria participado da escolta de algumas famílias de colonos que fugiam do ataque holandês na cidade de Porto Calvo.[1]
O fato dela ter se tornado a líder de um pelotão feminino, pode parecer estranho aos olhos modernos, porem isso ao que tudo indica, fazia parte dos costumes de algumas tribos indígenas do Brasil antes da colonização, era habito entre alguns indígenas, que as mulheres acompanhassem seus pais e maridos tanto nos tempos de guerra, como nos tempos de paz.[1] 
Depois que o seu marido faleceu, pouco tempo após a batalha dos Guararapes, não há mais registros sobre a vida de Clara.[1]

Homenagens e honrarias

Clara assim como os demais lideres que lutaram para a expulsão dos holandeses, entrou para a historia brasileira como uma heroína, embora pouco se saiba sobre sua vida, e muito do que se saiba esteja envolto mitos, ou seja controverso, ela recebeu algumas homenagens.
Ela assim como outros heróis brasileiros foi elogiada em versos pelo poeta brasileiro Natividade Saldanha.[2] A Refinaria Potiguar Clara Camarão recebeu seu nome em homenagem a ela.[3] 
Em 27 de março de 2017, o nome de Clara Camarão foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, que se encontra no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília, em virtude da Lei Nº 13.422/2017.[4]

Referências

  1. ↑ 
    Ir para:
    a b c d de Macedo, Joaquim Manoel (1876). Anno Biographico Brasileiro. Rio de Janeiro: Typographia e Litographia do Imperial Instituto Artistico. pp. 219 a 221,
  2. ↑ 
    Ir para:
    a b de S.S., J. Norberto (1862). Brasileiras Celebres. Rio de Janeiro: Garnier Irmãos. pp. 83 a 88
  3.  «Refinaria do RN se chamará Clara Camarão». No Minuto. 10 de setembro de 2008
  4.  «L13422»www.planalto.gov.br. Consultado em 28 de março de 2017

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