Líder de extrema direita confessa que há armas no acampamento bolsonarista em Brasília
Ativista Sara Geromini, conhecida como Sara Winter, confirmou a existência da armas de fogo no acampamento do grupo “300 do Brasil”, que prega o “extermínio da esquerda” e vem ameaçando invadir o Congresso e o STF para defender o governo Jair Bolsonaro
12 de maio de 2020, 13:54 h Atualizado em 12 de maio de 2020, 15:58
(Foto: Reprodução)
247 - A ativista de extrema direita Sara Geromini, mais conhecida como Sara Winter, confirmou, pela primeira vez, a existência de armas de fogo no acampamento do grupo “300 do Brasil”, montado nas imediações da Praça dos Três Poderes, em Brasília.
O grupo prega o “extermínio da esquerda” e vem ameaçando invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) para defender o governo Jair Bolsonaro.
Segundo reportagem da BBC Brasil, Sara disse que as armas existentes no local serviriam para a "proteção dos próprios membros do acampamento" e negou que o armamento possa ser utilizado em ações paramilitares.
"Em nosso grupo, existem membros que são CACs (sigla para Colecionador, Atirador e Caçador), outros que possuem armas devidamente registradas nos órgãos competentes. Essas armas servem para a proteção dos próprios membros do acampamento e nada têm a ver com nossa militância", disse a militante de extrema direita. Na semana passada, parlamentares do PSOL pediram a abertura de um inquérito para apurar a atuação de Sara Winter pelo crime de "formação de milícia".
"Em todos os nossos comunicados dizemos claramente utilizamos técnicas de ação não violenta e desobediência civil. O que tem a ver ação não violenta com armas? Engraçado como a alcunha de milícia paramilitar foi rapidamente nos atribuída, mas jamais passou perto dos militantes do MST, que carregam armas e facões", questionou ela à BBC.
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