Michel Curi e Silva entendeu que animais eram "submetidos a sofrimentos atrozes até a morte", proibindo Governo de Minas de autorizar este tipo de evento
Por José Vítor Camilo Publicado em 25 de agosto de 2022 | 22h12 - Atualizado em 25 de agosto de 2022 | 22h12
Gaúcho cai de um potro durante tradicional semana de rodeio em Montevidéu — Foto: Pablo Porciuncula Brune / AFP
Está proibida, a partir desta quinta-feira (25), a realização de qualquer rodeio em Minas Gerais. A decisão foi proferida pelo Juiz Michel Curi e Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que revogou uma decisão anterior em que indeferiu o pedido feito pelo Instituto Protecionista SOS Animais e Plantas.
O magistrado argumentou que mudou de ideia após analisar com mais sensibilidade os documentos do pedido feito pela entidade de proteção dos animais, tendo concluído que os bichos seriam utilizados como "meras coisas" nos rodeios e, ainda, "submetidos a sofrimentos atrozes até a morte".
"O laudo revela que uma mera queda pode lesar para sempre nervos faciais. Não posso corroborar as prováveis atrocidades e macular minha consciência de julgador", continuou Silva em sua justificativa. Ele completou ainda que, sem conceder a medida de urgência que proibia estes eventos, a medida seria "ineficaz em relação ao período em que os animais foram submetidos a tratamento degradante e, na pior das hipóteses, em morte".
Por fim, o juiz determinou que o Estado de Minas Gerais se abtenha de realizar, autorizar ou promover rodeios sob a pena de cometer o crime de desobediência do servidor ou autoridade que ignorar a proibição até uma nova decisão da Justiça.
A reportagem de O TEMPO procurou o Governo de Minas na noite desta quinta, mas, até a publicação da matéria, o Estado ainda não havia se manifestado sobre a proibição.
Fonte: O TEMPO
Nenhum comentário:
Postar um comentário