Afinal, a perda do poder aquisitivo é mais que óbvia e a inflação declarada não é real, ou seja, sente-se, sem a menor dificuldade, ao fazer qualquer comprinha, que os índices oficiais são manipulados para baixo, obviamente.
Mas a pretensão atual só foi externada em cima do fim de mandato de Bolsonaro.
Por que não o fizeram antes e mandaram divulgar um áudio como aquele em que Jucá preconizava o golpe, "com Judiciário, com tudo"?
Porque seria considerado novo golpe, desta feita contra um governo da direita?
E o miliciano ainda se diz perseguido pelo STF.
Acredita na guerrinha de Bolsonaro com Alexandre de Morais e outros ministros do STF quem é trouxa. Alexandre demonstrou abertamente, quando Secretário de Segurança de SP, que é tão ou mais fascista que Bolsonaro. Só que um fascista ilustrado.
Duvido que Bolsonaro conceda o aumento, que pegaria muito mal, às vésperas do pleito, ante as sistemáticas investidas dele contra o Judiciário e, assim, na eventual vitória de Lula, será a primeira bucha a ser enfrentada. Vislumbro um jogo de cartas marcadas nisso tudo.
Detalhe: o teto do Judiciário irá balizar o teto de outras categorias de servidores. Das que se mobilizarem, evidentemente. E aí o Judiciário entrará em campo, rotulando greves como ilícitas, multando sindicatos, etc...
Em suma: enquanto o povo não tomar as rédeas da República, soberano que é - como se proclama na Constituição Federal - essa maracutaia, disfarçada de guerra entre poderes, será mantida. Um autêntico deboche.
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STF propõe reajuste de 18% para magistrados e servidores
Aumento salarial valeria em todo o Judiciário e ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, que pode fazer alterações. Associação dos magistrados queria reajuste de 40% e a dos servidores, de 30,65%.
https://www.dw.com/pt-br/stf-prop%C3%B5e-reajuste-de-18-para-magistrados-e-servidores/a-62773280
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram nesta quarta-feira (10/08), por unanimidade, uma proposta de reajuste de 18% para os integrantes da magistratura – incluindo os próprios ministros da Corte – e os servidores do Judiciário.
O reajuste seria concedido de forma escalonada, em quatro parcelas de 4,5%, aplicadas em abril e agosto de 2023 e em janeiro e julho de 2024. Atualmente, os ministros do Supremo ganham R$ 39.293,32. Após o aumento de 18%, o valor iria a R$ 46.366.
A proposta agora será enviada na forma de projeto de lei ao Congresso para avaliação dos deputados e senadores, que podem fazer alterações no texto e aprová-lo ou não. Depois, é necessária a sanção do presidente da República
Os ministros também votaram a proposta de orçamento da Corte para 2023 no valor de R$ 851 milhões, 10,9% a mais do que a deste ano, equivalente à inflação do período.
Repercussão no funcionalismo
O salário dos ministros do Supremo representa o teto do funcionalismo. Aumentos no teto, portanto, tem repercussões em outros setores do serviço público, o chamado efeito cascata. Servidores que têm hoje seus vencimentos limitados pelo teto veriam o limite de seus rendimentos subir.
Além disso, o salário dos ministros do Supremo serve de referência para a remuneração de outros magistrados, como os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que recebem 95% do teto, e os desembargadores dos tribunais estaduais, que ganham 95% do salário de um ministro do STJ.
A Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) havia pedido um reajuste de 40%, enquanto a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (Fenajufe) e o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público no Distrito Federal (SindJus) haviam solicitado 30,65%, alegando perdas inflacionárias. A Corte vinha sendo alvo de manifestações nos últimos meses de associações de servidores que pressionavam pelo reajuste.
O Supremo, porém, baseou-se em estudos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho de Justiça Federal (CJF), que apontaram a possibilidade de implementação de um reajuste de 18% em quatro parcelas.
O relatório do Supremo sobre o tema apontou que esse percentual levava em conta o contexto econômico do país e a observância dos limites com despesas de pessoal previstos na Lei de Responsabilidade fiscal e na Lei Complementar nº 173/2020.
O último reajuste de salário de ministros do Supremo ocorreu em 2018, e foi de 16,3%, com custo estimado de R$ 4 bilhões na folha de pagamento de juízes em todo o país. O último reajuste do servidores do Judiciário foi em 2016, de até 41,47%.
Apenas no Supremo, o impacto do reajuste para o ano que vem seria de R$ 981 mil no tocante aos ministros e de R$ 26,3 milhões para os servidores.
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