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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Pastores e membros de igreja são denunciados por fraude



Viúva de pastor teria ajudado a falsificar documento

por Jarbas Aragão

A Igreja Assembleia de Deus Ministério Rio Preto, afirma seu site, possuir mais de 5 mil membros apenas em Rio Preto, São Paulo. Seriam outras 100 igrejas associadas no Estado.

Seu pastor-presidente, Wanderley Melo, foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de formação de quadrilha, fraude processual, falsificação de documento e uso de documento falso. Também estão arrolados no processo, Claudete de Jesus Perozin, viúva do pastor José Perozin, o pastor Alcemiro de Campos Oliveira, o tesoureiro André Faustino Machado e sua mulher, Sueli Araújo Nascimento Machado, secretária da igreja.

O promotor de Justiça José Heitor dos Santos afirmou que “em quadrilha, os denunciados criaram falsamente a declaração, inclusive falsificando a assinatura do pastor José Perozin,(…) fazendo constar ainda, sempre falsamente, que a declaração foi feia no dia 15 de julho de 2007.”

Os acusados teriam usado uma declaração falsa, assinada pelo falecido José Perozin, ex-pastor da igreja, deixando o pastor Wanderley como seu substituto na presidência da igreja. Segundo a denúncia do promotor, há “indícios muito fortes de que a declaração foi falsamente produzida no dia seguinte à morte do pastor José Perozin, ou seja, no dia 5 de janeiro de 2009.”

“Enquanto o pastor José Perozin era velado, após receber a declaração de Claudete, mulher do pastor falecido, e de seu marido André (Machado), Sueli a entregou para o pastor Alcemiro (Oliveira), que no mesmo dia providenciou o reconhecimento (de firma) da assinatura do pastor José Perozin”, afirmou.

Tanto o Instituto de Criminalística de São Paulo quanto o perito Jorge Paulete Vanrell, contratado pelo irmão do pastor morto, Aparecido Perozin, constataram que o documento foi falsificado. Segundo o promotor, o pastor morto era advogado e, “dificilmente deixaria uma declaração tão importante sem reconhecer firma de sua assinatura”.

O imbróglio começou quando Aparecido assumiu interinamente a presidência da igreja, mas foi destituído por Melo do cargo, em 8 de fevereiro de 2009. No mesmo dia, Melo assinou seu primeiro ato administrativo, que concedia uma ajuda vitalícia e mensal de R$ 7 mil, “em caráter irrevogável e irretratável”, a Claudete, viúva de José Perozin.

Outro trecho da denúncia afirma que “pessoas também foram beneficiadas por Wanderley Melo, que passou a distribuir veículos. Um deles para André Faustino Machado, que recebeu o veículo Chevrolet Corsa”.

O caso está nas mãos do juiz da 3ª Vara Criminal de Rio Preto, Diniz Fernando Ferreira da Cruz. Se foram condenados, os acusados podem pegar até cinco anos de prisão.

Ouvidos pelo Diário, o pastor Wanderley Melo negou as acusações feitas pelo Ministério Público. Ele acredita que o objetivo dessa denúncia é desestabilizar a Igreja com a perda de membros.

O advogado de defesa dos réus, João Mineiro Viana, disse apenas “Nesse momento vou aguardar para ver se a denúncia será ou não recebida. Todos negam as acusações”.
Com informações Diário Web, viaGOSPELPRIME.

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