A polícia da Papua Nova Guiné está tentando recuperar aproximadamente 300 carros de luxo que desapareceram após a cúpula da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) que o país sediou no ano passado.
Os veículos foram importados para que líderes e autoridades visitantes do evento pudessem ser conduzidos "em grande estilo" em um país mergulhado na pobreza. Um comandante da polícia disse na terça-feira, entretanto, que 284 carros sumiram.
A frota inclui Landcruisers, Fords, Mazdas e Pajeros, disse o superintendente da polícia, Dennis Corcoran.
Uma força-tarefa foi montada para procurá-los na capital, Port Moresby.
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"Há 284 veículos entregues ao pessoal da Apec que ainda não foram devolvidos", disse Corcoran à agência de notícias Reuters.
"Todos os 40 Maseratis (importados da Itália) e os três Bentleys estão em ótimas condições e trancados no antigo cais", disse ele.
Segundo a polícia, nove dos carros desaparecidos foram roubados, e alguns tiveram partes removidas. Outros foram devolvidos "muito seriamente danificados".
Polêmica
Papua Nova Guiné é a nação mais pobre da Apec - que reúne 21 países-membros banhados pelo Oceano Pacífico -, com 40% da população vivendo com menos de US$ 1 (ou R$ 3,70) por dia, segundo a ONU. Em junho do ano passado, o governo declarou uma emergência nacional de saúde pública após um surto de pólio.
Líderes da nação, que divide uma ilha ao norte da Austrália com a Indonésia, com 7,3 milhões de habitantes, esperavam que a conferência global atraísse investimentos e chamasse atenção internacional para Papua Nova Guiné.
Na época, tanto a mídia quanto ativistas questionaram se fazia sentido para o país pobre do Pacífico sediar um evento internacional como a cúpula da Apec.
A realização do evento sobrecarregou os recursos do país e exigiu ajuda de outras nações. A Austrália, os Estados Unidos e a Nova Zelândia enviaram forças especiais para garantir a segurança dos participantes.
A importação dos carros de luxo para ser usado no evento causou duras críticas no país.
Fotos dos veículos chegando no Aeroporto Internacional de Port Moresby, em aviões de carga fretados, foram compartilhadas nas redes sociais e despertaram a preocupação de que o dinheiro dos contribuintes estivesse sendo a esbanjador.
O governo, porém, afirmou que não ficaria desprovido de fundos e que o setor privado "se comprometeu" a pagar.
O ministro de Papua Nova Guiné responsável pela organização da cúpula, Justin Tkatchenko, disse que os carros, que podem atingir velocidades de 240 km/h, "possibilitariam oferecer aos líderes o nível de transporte padrão para os veículos usados nas cúpulas da Apec".
Algumas das principais estradas do país do Pacífico são mal conservadas, com velocidades de veículos limitadas a 80 km/h. Outras atravessam terrenos montanhosos e geralmente exigem um veículo com tração nas quatro rodas.
Tkatchenko disse ao jornal The Australian que "algum dinheiro" foi pago pelo governo como "depósito", mas que os carros não seriam um fardo para os cofres públicos. Que os veículos poderiam ser rapidamente vendidos após o evento.
Ele não revelou quem poderia comprá-los e a que custo.
Outros anfitriões recentes da Apec também adquiriram frotas de veículos de luxo para transportar os líderes participantes. Em 2015, a BMW patrocinou mais de 200 veículos para a cúpula organizada pelas Filipinas e os carros foram posteriormente vendidos ao público.
Tkatchenko disse ao jornal The Australian que "algum dinheiro" foi pago pelo governo como "depósito", mas que os carros não seriam um fardo para os cofres públicos. Que os veículos poderiam ser rapidamente vendidos após o evento.
Ele não revelou quem poderia comprá-los e a que custo.
Outros anfitriões recentes da Apec também adquiriram frotas de veículos de luxo para transportar os líderes participantes. Em 2015, a BMW patrocinou mais de 200 veículos para a cúpula organizada pelas Filipinas e os carros foram posteriormente vendidos ao público.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-47223658
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-47223658
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