Quem fica fazendo exercícios de imaginação, a respeito da suposta intenção da China de conquistar (invadir fisicamente) países da América do Sul, precisa ser informado de que "as viagens do almirante Zheng He, da dinastia Ming, prenunciaram e eclipsaram as viagens de descoberta dos europeus. Entre 1405 e 1433, Zheng liderou sete grandes armadas da China aos rincões mais distantes do Oceano Índico. A maior dessas armadas consistia de quase 300 - isto mesmo, trezentas - embarcações e transportou quase 30 mil pessoas. Eles visitaram a Indonésia, o Sri Lanka, a Índia, o Golkfo Pérsico, O Mar Vermelho e a África Oriental. Navios chineses ancoraram em Jidá, o principal porto de Hejaz, e em Melinde, na costa queniana. A frota de Colombo, de 1492 - que consistia de três - isto mesmo, 03 - embarcações pequenas com uma tripulação de 120 marinheiros - compare 120 com 30.000 - era como um trio de mosquitos se comparada com a viagem de dragões de Zheng He.
Mas havia uma diferença crucial. Zheng He explorou os oceanos e auxiliou governantes pró-chineses - como estão fazendo agora na Venezuela - mas ele não tentou conquistar ou colonizar os países que visitou. (...)
IUVAL NOAH HARARI - SAPIENS (Uma breve história da humanidade) - L &PM Editora - Porto Alegre-RS/2019, ps. 389/390.
Claro que, em razão de tal diferença de mentalidade (China em relação a países ocidentais) acabaram suplantados, pois a conquista da América deu início à denominada Revolução Científica (HARARI, obra citada, p. 387) e podem estar buscando recuperar o tempo perdido e mitigar a diferença tecnológica, mas não há evidência alguma da suposta intenção de conquista territorial, pelo menos por enquanto.
Claro que, em razão de tal diferença de mentalidade (China em relação a países ocidentais) acabaram suplantados, pois a conquista da América deu início à denominada Revolução Científica (HARARI, obra citada, p. 387) e podem estar buscando recuperar o tempo perdido e mitigar a diferença tecnológica, mas não há evidência alguma da suposta intenção de conquista territorial, pelo menos por enquanto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário