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sábado, 3 de setembro de 2022

Ataque com explosivos deixa sete policiais mortos na Colômbia



O novo presidente, Gustavo Petro, tenta negociar um acordo com os grupos dissidentes que ficaram de fora da última celebração de paz, em 2017.


Por France Presse

03/09/2022 11h03 Atualizado há 7 horas



Policiais fazem homenagem aos colegas que foram mortos em emboscada na Colômbia, em 3 de setembro de 2022 — Foto: Oscar Murcia/ AFP

Uma emboscada com explosivos contra uma patrulha policial em uma área rural do sudoeste da Colômbia deixou sete homens uniformizados mortos na sexta-feira (2), informaram autoridades.

Embora a princípio o presidente Gustavo Petro tenha relatado em um tuíte sobre oito mortes no ataque, o saldo final da polícia contabiliza sete mortes.

Um auxiliar de polícia foi o único sobrevivente do ataque.

Gustavo Petro toma posse como presidente da Colômbia


Segundo a promotoria, os soldados foram emboscados quando viajavam em um veículo oficial para uma zona rural remota. As autoridades não forneceram informações sobre os responsáveis pela agressão.

Esse é o grave ataque contra as forças de segurança desde que Gustavo Petro chegou ao poder. O novo presidente propôs uma política de "paz total" a vários grupos armados para acabar com o conflito de quase seis décadas entre guerrilheiros e as forças armadas no país.

Sabotar a paz

Petro tenta reativar as negociações de paz com os guerrilheiros do ELN, interrompidas em 2019, após um ataque a uma escola de polícia que deixou 22 mortos, além do agressor.

Em 2017, as Farc, o maior grupo de rebeldes do país, chegou a um acordo com o governo da Colômbia. O ELN é um grupo dissidente que não firmou acordo de paz.

Petro propôs um cessar-fogo multilateral com os rebeldes que romperam com o pacto de paz que desarmou os guerrilheiros das Farc em 2017 e os exércitos do narcotráfico.

Além dos grupos guerrilheiros dissidentes, há quadrilhas de traficantes agrupadas em torno do Clã do Golfo que estão abertos a participar do cessar-fogo.

Até agora não houve nenhum acordo com o novo governo.

No Twitter, Petro afirmou que "esses eventos expressam uma clara sabotagem da paz total".

O ministro da Defesa, Iván Velásquez, pediu às Forças Armadas que "respondam com força a este ataque à paz".

O representante especial do secretário-geral da ONU na Colômbia, Carlos Ruiz, pediu para "continuar a insistir nos esforços em torno da paz".

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