...estão acabando com a beleza natural de algumas das nossas praias.
Pipocam aterros de alargamento de faixas de areia.
Tem gente que se espicha até praticamente dentro do mar, destruindo a vegetação de jundu, inclusive, com suas construções, a maioria das quais visa faturar aluguéis de temporada.
Depois, com as marés de inverno e as ressacas, agora agravadas pelas mudanças climáticas, perdem ou ficam na iminência de perder seus investimentos e, então, entram na Justiça em busca de tutela estatal.
A maioria defende "estado mínimo" (pros outros) mas suga as tetas dos poderes públicos o mais que pode.
Fico imaginando, se algum dia o nível do mar subir, como está sendo anunciado, se nós outros, contribuintes, teremos que socorrer os que compraram imóveis nas restingas de Jurerê Internacional, Jurerê Tradicional, Canasvieiras, Armação do Pântano do Sul, Campeche, só para exemplificar algumas.
E, por falar em mudanças climáticas, um texto de autoria de Saint-Exupéry, em Cidadela:
- Foi no decorrer do ano maldito, do ano a que chamamos “O Festim do Sol.” É que o sol, nesse ano, dilatou o deserto. Brilhou e brilhou sobre as areias, entre as ossadas, os espinheiros secos, as peles transparentes dos lagartos mortos e essa erva dos camelos mudada em crinas. Aquele que faz crescer os caules das flores tinha devorado as suas criaturas e reinava sobre os seus cadáveres dispersos, da mesma maneira que a criança reina sobre os brinquedos que destruiu. Absorveu até as reservas subterrâneas e bebeu a água dos raros poços existentes.
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