Maler, no entanto, noticiava a 28 de maio o aparecimento de vários cartazes contra o Partido Paulista e contra o Ministro Andrada. Houve, em conseqüência, várias prisões, entre elas a de um padre que o francês descreveu assim, bem como o motivo da prisão: "Prendeu-se igualmente um padre, chamado José Pinto da Costa Macedo, acusado de ter tentado sublevar os escravos e ter espalhado o boato de que as Cortes haviam decretado a abolição da escravidão; que o Príncipe Regente, que recebera esta lei, não mandara publicar de maldade. Vários escravos já haviam declarado que este Padre os fizera assentar em cadeiras ao seu lado, dizendo-lhes: Não vos espanteis se eu vos trato como amigos; nós somos iguais e sois cidadãos como eu". A pregação do Padre Macedo causou espanto, segundo Maler, e, por precaução, conservaram-no preso na fortaleza da Ilha das Cobras.
Trecho de uma obra sobre a vida de JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA.
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