- Guardei para último lugar o falar a V. Exª. da ilha Santa Catarina, estabelecida em um terreno muito fértil e abundantíssimo de águas, muitas excelentes madeiras, e com diferentes portos, que são navegáveis - JOÃO ARMITAGE - História do Brasil.
O rio de Ratones, que dizem ser o curso d'água mais expressivo da Ilha, onde não sofre influência de marés, está reduzido a um filete quase insignificante, por conta da retilinização (supressão dos meandros) sofrida e também do desmatamento nas proximidades de sua nascente (Morro da Virgínia, onde caiu o avião da Transbrasil), que foi desastroso, ao que parece.
Onde sofre influência de maré - aproximadamente até a ponte da estrada João Januário da Silva - a água é salobra, obviamente e não se pode consumir, a não ser que se a dessalinize.
Pioram tal quadro, a antropização de um banhado situado a oeste do leito, a destruição das matas ciliares, o crescente assoreamento e o despejo de esgoto in natura, no seu já reduzidíssimo álveo.
Tais ataques resultarão em problemas sérios, a curto prazo.
E o Estado de SC, que é o dono do rio, segundo a Constituição Federal (Const. Federal, art. 26, I), omite-se de qualquer providência protetora mais efetiva, como, por exemplo, fazer com que os ribeirinhos replantem as matas ciliares, como determina o Código Florestal vigente (art. 61-A).
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