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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Copo cheio é tudo?

Todas estas palavras: direitos do povo, direitos do homem, contrato social, revolução francesa, república, democracia, humanidade, civilização, religião, progresso, estavam todas — para Grantaire muito vizinhas de não significarem coisa alguma. 

Ria-se delas. O cepticismo, carie da inteligência, não lhe deixava uma ideia inteira no espírito. 

Vivia com ironia, O seu axioma era este: 

Não há senão uma coisa certa, que é o meu copo cheio. Zombava de todas as dedicações em todos os partidos, tanto do irmão como do pai, tanto de Robespierre moço, como de Loizerolles. 

Adiantam muito em estar mortos, dizia ele. 

Do crucifixo dizia: Aquilo é uma forca que conseguiu o seu fim. Vagabundo, jogador, libertino, quase sempre embriagado, e causando aos moços pensadores o dissabor de o ouvirem continuamente cantarolar com a música do «Viva Henrique IV»: 

Não há melhor bocadinho 

Que uma mulher boa e um copo de bom vinho.


VICTOR HUGO - Os miseráveis

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