Até o Golpe de 2016, ainda seria possível acreditar-se na mística segundo a qual, em quase todos os idiomas, as Forças Armadas, por suas virtudes, colocam-se acima dos partidos e da política dos civis.
O que se está a ver, nestes tempos sombrios que sucederam à defenestração de DILMA ROUSSEF, é que a vergonha, o pudor, a ética, foram completamente marginalizados por fardados sem o mínimo caráter, sem qualquer honra, imbuídos de um espírito de corpo desenfreado e sem limites, que desfrutam de sinecuras incontáveis, (cargos de confiança que rendem uma segunda remuneração) bem como supostas compras que vieram à tona (picanha, vinho, bacalhau, uísque, bicicletas, leite condensado, iogurte e até cerveja).
A mística foi pro saco. Igualaram-se e até superaram, em matéria de sacanagem, a podridão civil.
GOLBERI costumava usar uma frase tomada a Ivan Karamazov, que considerava uma certa "rebeldia": “Deus morreu, tudo é permitido”.
Parafraseando-o, diríamos que, a vergonha na cara morreu. Tudo é permitido.
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