O pastor evangélico Jeremias Barroso, da congregação Igreja Getsêmani, nega as acusações e se diz "vítima de calúnias"
Por Marcelo Hailer 2 fev 2021 - 10:04
Foto: reprodução Facebook
12 mulheres acusam o pastor Jeremias Barroso, da Congregação Igreja Getsêmani, de abuso sexual. De acordo com informações do UOL, a investigação correu, sob sigilo, ao longo de 2020 a partir de um inquérito instaurado na Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM).
Segundo relato de uma das vítimas, uma mulher jovem de 24 anos, o pastor lhe disse que iria “fazer uma oração e você vai tocar em todos os lugares que seu ex-namorado tocou, exigindo que eu colocasse os dois dedos dentro da minha vagina, a outra mão na minha língua e perguntou se eu estava gostando”.
Por meio de seu advogado, o pastor Jeremias Barroso refuta as acusações e se diz “vítima de calúnias”.
O caso foi remetido, no começo deste ano, ao Ministério Público do estado do Amapá e o MP deve denunciar o pastor à Justiça nos próximos dias sob a acusação de abuso sexual mediante fraude com base no relato de duas vítimas, segundo a reportagem do UOL.
Outras denúncias estão sendo investigadas sob sigilo.
O líder religioso
O pastor Jeremias Barroso é fundador da congregação Igreja Getsêmani, em Macapá, e se tornou popular por coordenar a “Marcha para Jesus”, evento que, anualmente, leva milhares de pessoas às ruas do estado.
As investigações tiveram início em julho de 2020, depois que uma das vítimas conversou com outras mulheres da igreja sore o que estava vivendo e, a partir disso, descobriu que outras mulheres estavam vivendo situações semelhantes.
A jovem de 24 anos disse à reportagem do UOL que, à época, procurou a igreja para buscar um refúgio espiritual depois de viver momentos ruins ao longo de 2019. Ela relatou que logo de início achou estranhou alguns pedidos do pastor.
Como de praxe, Jeremias Barroso uso da autoridade religiosa para cometer os atos de abusos. Segundo relato da jovem, em um domingo, que estava sem energia em casa.
“Por volta da 0h, ele sugeriu por mensagem que poderia me pegar em casa e me levar pra tomar banho. Eu recusei. Ele falou ‘então vamos ao banheiro da igreja’, e eu também disse não. O pastor insistiu: “Preciso orar em você, algo muito grave pode acontecer e precisa estar limpa'”, relata a vítima, que abandonou o templo.
Há outros relatos. Uma das vítimas afiram que recebeu um vídeo do pastor onde ele aparece se masturbando.
A defesa do advogado afirma que se trata de uma campanha de calúnias e agora, como estratégia, busca desqualificar as vítimas acusando-as de “problemas psicológicos”.
O advogado das vítimas, Cícero Bordalo Júnior, afirmou que espera que o pastor Jeremias Barroso seja condenado a 20 anos de reclusão, somada as condenações por cada um dos abusos cometidos.
Bordalo Júnior alerta para o fato de que novas denúncias devem surgir, inclusive com menores de idade.
Fonte: https://revistaforum.com.br/noticias/lider-religioso-do-amapa-e-acusado-de-abuso-sexual/
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