Publicado por Kiko Nogueira
- 19 de fevereiro de 2021
Daniel Silveira ao lado do chefe Bolsonaro
Como fez anteriormente com Sara Winter e Oswaldo Eustáquio, Bolsonaro está rifando deputado Daniel Silveira, preso por decisão do STF.
Em uma hora de live na noite de quinta, dia 18, não tocou no assunto. Caluda.
Os filhos também estão na miúda. Carluxo reclamou que estava com disenteria num tuíte cifrado (imagine a aflição do menino) e Eduardo avisou que votará pela liberdade do sujeito na Câmara.
E vida que segue.
Silveira achou que ia provocar uma revolução em nome de seu mentor fascista e cometeu um jumenticídio.
Provavelmente, nem os colegas dele vão querer se indispor com Fux e cia. para proteger um palhaço que odeia a classe política.
Bolsonaro, já enrolado com o Supremo, não vai sujar ainda mais as mãos por causa de um seguidor, por mais fiel que seja. Agora é hora de o radical queimar os radicais.
Eu vou repetir o que já escrevi aqui: em 1934, Hitler fez esse mesmo movimento com as SA, as tropas de assalto que o ajudaram a subir ao poder.
O capitão Ernst Röhm, fundador do partido nazista, veterano da Primeira Guerra, havia se tornado um problema com seus arruaceiros especializados em espancamentos e assassinatos.
Röhm encarava seu “exército plebeu” como o núcleo do nazismo, “a encarnação e garantia da revolução permanente”.
A lealdade ao führer era absoluta.
Essa matilha, porém, desagrava e assustava a classe média e preocupava os militares e industriais, que formavam a base do regime.
Na madrugada de 30 de junho para 1º de julho de 1934, Hitler ordenou uma série de execuções políticas extrajudiciais, entre elas a de Ernst Röhm — cuja homossexualidade era usada pelos generais como argumento de sua perversão.
O verniz de civilidade durou pouco tempo, como se sabe.
Vamos ver até quando Jair Bolsonaro ficará sem babar na gravata.
Hitler e Ernst Röhm, morto a mando do führer na Noite das Facas Longas
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