por Ana Luiza Basilio — publicado 10/01/2018 13h19
A universidade tem cinco dias para justificar os cortes. Há previsão de multa de 10 mil reais para novas demissões sem negociação prévia com o sindicato
inShare
Divulgação
Universidade demitiu 66 docentes em dezembro alegando falta de orçamento
A Justiça do Trabalho suspendeu na terça-feira 9 a demissão de 66 docentes do Instituto Metodista. A decisão da juíza Valéria Pedroso de Moraes, da 8ª Vara do Trabalho de São Bernardo, na grande São Paulo, atende a uma liminar protocolada pelo Sindicato dos Professores de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul (Sinpro-ABC).
Em dezembro, o grupo afastou 50 docentes do Ensino Superior e 16 da Educação Básica, alegando falta de orçamento.
Além da suspensão da dispensa dos funcionários, a medida determina que, no prazo de cinco dias, a Metodista informe o nome dos docentes demitidos, dos que contam com dispensa futura prevista e o motivo para cada um dos desligamentos. Ainda prevê a aplicação de multa de 10 mil reais caso novos funcionários sejam demitidos sem negociação prévia com o sindicato.
Leia Também:
Por que as universidades particulares estão demitindo professores?
Professores sentem a precarização da carreira
A maioria das demissões foi direcionada para docentes com maior tempo de atuação e patamar salarial, em razão das titulações de mestre e doutor. O cenário atingiu cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado), sendo o mais atingido o de Comunicação, além de Administração, Psicologia e Ciências da Religião.
O mestrando em Comunicação Social Carlos Ferreira afirma que, em seu curso, cerca de 60 estudantes estão sem orientador, e que têm até o mês de fevereiro para concluir os trabalhos. Ele também afirmou que dos 12 professores iniciais do curso, só três continuam atuando. “A Universidade informou que o prazo não será alterado e que devemos entregar nossos trabalhos a um professor que será contratado. Isso nos penaliza uma vez que todo o processo de pesquisa estava alinhado com nossos professores”, colocou.
Fonte: CARTA CAPITAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário