A Maçonaria não é uma religião, como até o Judiciário já reconheceu. Por isso, inclusive, não goza de imunidade a impostos, como as diversas religiões.
Seus membros consideram-se, simbolicamente, "pedreiros livres", isto é, livres pensadores.
Há entre os maçons os que acreditam em Deus e os que não crêm em divindade alguma, assim como os "duvidantes", como diria Atahualpa Yupanki, o grande músico sul americano.
Assim como Deus é uma mera ideia - segundo o profundo pensamento e destemerosa manifestação do Papa atual - o mesmo se pode dizer do diabo. Aqui, cabe ressaltar que, no Vaticano, como em qualquer organização militar, existem incontáveis maçons. Ou seja, assim como as crenças religiosas, as ideias maçônicas permeiam todos os ambientes sociais. A esquerda sempre foi um pouco mais resistente à convivência com a Maçonaria, a qual - até pelo fato de cultuar certos "landmarks", balisas, dogmas -, é de perfil mais conservador, via de regra.
O fato de Bolsonaro ter sido convidado a manifestar-se em um templo maçônico não significa que ele seja maçon. Nas denominadas sessões brancas, pessoas que não integram os quadros da Maçonaria podem comparecer e manifestar-se livremente. O convite pode decorrer de afinidade entre o venerável - presidente da loja - e o convidado, ou por interesse eleitoreiro do convidado, como parece o caso.
O mesmo pode ocorrer quando um leigo visita uma igreja, um templo de umbanda ou qualquer outro recinto religioso. Esperidião Amin, que é maçon, vive, por interesses politiqueiros, a envolver-se nas Festas do Divino, todo ano, juntamente com sua esposa.
Bolsonaro dá tiros para todos os lados, inclusive vestindo camisas de clubes de futebol visceralmente inimigos entre si, não se tendo certeza de que time é seu preferido, se é que existe algum.
Assim, a presença do genocida em qualquer loja maçônica não é indicativo seguro de que seja do quadro de irmãos do templo, ou mesmo pretendente a um lugar de aprendiz.
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