A advocacia está avacalhada, porque colegas "mortos de fome", desleais, ou que não se empenharão em fazer um trabalho sério, não se importam em cumprir o mínimo sugerido pela OAB, no que diz respeito a honorários.
Ainda hoje tive um exemplo disso. Um colega da Palhoça propôs a uma cliente minha - seguindo a mesma - cobrar menos de 3% de honorários sobre o valor atribuído à causa, para fazer uma defesa trabalhista.
O que dizer de um cidadão desses?
Da minha parte, não aceitei baixar o valor devido e, claro, perdi a cliente.
Sem demérito para os corretores de imóveis, profissionais que merecem o nosso respeito, vale lembrar que ninguém da categoria baixa o percentual de 6%.
E olha que a advocacia, segundo o art. 133 da Constituição Federal, é profissão considerada indispensável à administração da Justiça. Lidamos com direitos fundamentais das pessoas, temos que estudar incessantemente, para nos mantermos atualizados com a legislação, a jurisprudência e a doutrina, enfrentamos a morosidade do Judiciário e a incompreensão de outros atores e dos próprios clientes, dentre outros percalços. A maioria das causas nos fazem ficar preocupados com os clientes - no afã de que não se sintam injustiçados - durante anos.
Não estou a choramingar, mas a salientar o lamentável caminho que a advocacia está tomando.
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