Com apenas um candidato a governador no segundo turno e sem senadores eleitos, tucanos confirmam crise
Igor Carvalho
Brasil de Fato | São Paulo (SP) | 03 de Outubro de 2022 às 00:48
Em São Paulo, reduto do eleitorado tucano, estado governado pelo PSDB desde 1994, o atual candidato e governador paulista, Rodrigo Garcia, não conseguiu chegar ao segundo turno - Governo de São Paulo
Um dos grandes derrotados das Eleições 2022 é o PSDB. O partido, que tem encolhido desde 2014, quando Aécio Neves (PSDB) perdeu a eleição presidencial para Dilma Rousseff (PT) e questionou o resultado, colocando em dúvida o sistema eleitoral brasileiro, teve seu pior desempenho eleitoral desde 1990, quando elegeu apenas um governador, Ciro Gomes, no Ceará.
Neste domingo (2), após o fechamento das urnas, o PSDB descobriu que o único tucano que disputará o segundo turno para governador é Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul. Nenhum candidato do partido venceu em primeiro turno e nenhum senador foi eleito.
No estado, Onyx Lorenzoni (PL) passou em primeiro, com 37,50%, seguido por Leite, que terminou a apuração com 26,81%.
Caso Leite perca, o PSDB não governará nenhum dos 27 estados brasileiros, algo que nunca aconteceu, desde a fundação do partido, em 1988. Em 1994, os tucanos elegeram seis governadores.
Na eleição seguinte, 1998, subiram para sete governadores eleitos, número que se manteve em 2002 e 2006. Em 2010, veio o melhor desempenho do PSDB, quando o partido chegou ao governo em oito estados.
Entenda: Ninguém reparou, mas o PSDB morreu
Em 2014, puxados por Aécio Neves, os tucanos sofreram uma pequena queda, mas conseguiram eleger seis governadores. Quatro anos depois, em 2018, o PSDB venceu em apenas três estados.
Em São Paulo, reduto do eleitorado tucano, estado governado pelo PSDB desde 1994, o atual candidato e governador paulista, Rodrigo Garcia, não conseguiu chegar ao segundo turno, com apenas 18,40%. Agora, terá que decidir pelo apoio a Tarcísio de Freitas (PL) ou Fernando Haddad (PT), que terminaram em primeiro e segundo, respectivamente, na corrida eleitoral.
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