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domingo, 9 de outubro de 2022

Se - por uma desgraça - Bolsonaro vencer ...

 ...será hora de reler  A Morte do Brasil (Editora Leitura, 1984), romance do poeta e ensaísta alagoano Lêdo Ivo (1924 – 2012). Eleito em 1986 para ocupar o assento nº 10 da Academia Brasileira de Letras (ABL), Lêdo Ivo compôs uma narrativa com título de forte impacto (parecendo sugerir o espírito dos tempos atuais), cujas ações transcorrem durante a década de 80, com uma ditadura civil-militar ainda vigente, mas já perdendo força. O espaço das ações é intercalado entre o Rio de Janeiro e Maceió, cidade natal do delegado e narrador-protagonista. Em seus 20 capítulos, o romance alterna a narração em primeira e terceira pessoa (narrador-protagonista e narrador onisciente), criando um movimento de aproximação e distanciamento.

Após atuar como advogado de “porta de xadrez”, o protagonista é aprovado em primeiro lugar em um concurso para delegado de polícia, função que exerce com o objetivo de promover seus anseios de higienização social. 

É um homem solitário, que busca em suas andanças pela noite o sossego que não encontra em sua labuta diária. Para ele, mendigos, alcoólatras, prostitutas, batedores de carteira e marginais de toda espécie são entulhos que precisam ser varridos do convívio social. Esse perfil é notado em reflexões e digressões do próprio narrador ou no diálogo que este estabelece com outro personagem, o delegado Plutarco, que afirma: “Polícia quer dizer asseio, limpeza, pode olhar no dicionário”.

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