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domingo, 29 de setembro de 2019

ANACRONISMOS DE SALVINI, BOLSONARO, TRUMP, BORIS JOHNSON


Grande entrevista a António Mega Ferreira. "Portugal não pode diabolizar a única indústria que tem: o turismo"



Luís Barra

Foi jornalista e gestor, mas é como escritor que gostaria de ser recordado. Recusou cargos políticos alegando falta de vocação e ainda hoje se exaspera com as obras de Santa Engrácia e com os projetos por concluir. Tem uma ideia de futuro para o País

Usando uma expressão de génio de Alexandre O’Neill, diga-se que se tratou de uma conversa “em forma de assim”, na qual se falou do ressurgimento dos populismos e das próximas legislativas, de viagens de sonho e das voltas que o turismo deu a Lisboa. No final, fomos parar ao sítio por onde começámos: o Benfica, ou não estivéssemos nós a falar com um fervoroso adepto do clube das águias. Aos 70 anos, António Mega Ferreira – antigo presidente da Parque Expo e do Centro Cultural de Belém (CCB), atual diretor-executivo da Orquestra Metropolitana de Lisboa – lançou, recentemente, Santo António, de Lisboa e Pádua (Clube do Autor), um livro que é também um exemplo da sua devoção à escrita e à cultura.
(...)

E a Itália de Matteo Salvini, incomoda-o?
 
A Itália de Salvini incomoda-me brutalmente, é um vómito. Incomoda-me como me incomoda o Brasil de Bolsonaro, os Estados Unidos da América de Trump e a Grã-Bretanha de Boris Johnson. Tudo isto me incomoda porque é quase antinatural, anti-histórico; são coisas que já não estão na História, são anacronismos que seriam admissíveis nos anos 30 ou 40 do século passado. E, no entanto, chegamos ao fim da segunda década do século XXI e assistimos ao reaparecimento destes fenómenos.

Fonte: http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-09-29-Grande-entrevista-a-Antonio-Mega-Ferreira.-Portugal-nao-pode-diabolizar-a-unica-industria-que-tem-o-turismo

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