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sábado, 21 de setembro de 2019

TABAGISMO - As várias formas de consumir o tabaco



MACHADO DE ASSIS - Casa Velha - L&PM Editores/POA-RS/2011, p. 39: 
O século XIX viu uma mudança no que se refere ao hábito do tabaco: foi a transição do rapé ao charuto. O rapé foi moda que se espalhou no século XVIII; tratava-se de fumo em pó, guardado em caixinhas artísticas, que os homens e as mulheres levavam consigo ou que ficava à disposição. O fumo era inalado, em pequenas porções. No começo da moda, raspava-se rolos de fumo em raladores de marfim e o pó era sorvido em pequenas colheres; depois, com raladores assim ou mais simples, o rapé passou a ser apanhado com as pontas dos dedos. Esse uso de cheirar o fumo sucedeu a primeira onda referente ao tabaco, que era fumá-lo em cachimbos. Ao longo do século XIX, o rapé foi substituído pelo charuto, e na altura de 1850 só os velhos e os que viviam em pequenas cidades, ou no mundo rural, mantinham a prática do rapé, vista cada vez mais como algo do passado; a juventude ligada ao tabaco apreciava o charuto. Também na altura da metade do século, começou a se difundir o cigarro, ainda não industrializado: era vendido o fumo e o papel (ou palha de milho - *), e o fumante preparava cada cigarro - mais barato que o charuto.

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Na Ilha de SC, era conhecido o cigarro de palha como palheiro,  ou  papa-terra.  
Desconheço  a razão da última denominação. 
Em relação a comer (papar) terra, sei que indivíduos de poucas posses, premidos pela fome, tinham tal vício.  
Ainda: uma espécie de peixe muito comum nos nossos mares é o Papa-terra,  também conhecido como betara.

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