Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Produto ruim - "Todos esperam absolvição no inferno processual brasileiro", diz desembargador



4 de setembro de 2019, 9h13

Por Rafa Santos
Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Ouça: 0:00 02:02 Audima



"O sistema de justiça do Brasil é um dos mais burocráticos do mundo", afirma o desembargador Fábio Prieto, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. "Nossos códigos de processo — de inviabilidade do processo, na verdade — são lamentáveis. O último é sempre pior, mais tímido, que o anterior, velha tradição que o atual CPC soube fazer respeitar", continuou, em voto vencido. "Nossos códigos de processo são lamentáveis", diz desembargador ao dar provimento a embargos de declaração
123RF

Prieto foi voto divergente num caso atípico. Dois processo iguais movidos pela mesma pessoa e patrocinados pelo mesmo escritório chegaram ao tribunal. A corte viu que as petições eram idênticas e condenaram a autora em R$ 20 mil por litigância de má-fé. A 6ª Turma do tribunal considerou que houve fraude.

Nos embargos, a defesa da autora disse que não houve fraude, mas apenas um erro, já que os dois processos são praticamente iguais e houve uma confusão de documentos no escritório. Prieto deu razão ao embargante, mas ficou vencido. Venceu o voto da relatora, Diva Malerbi, para quem não havia obscuridade nem contradição do acórdão, o advogado queria apenas rediscutir o mérito.

Prieto observou em seu voto um argumento central do embargante: o processo vem custando à autora R$ 590 mil. "Tudo esclarecido, não há razão para interpretar o que é produto ruim e comum do sistema processual como algo ainda pior. O advogado diz que errou, mas é inocente. Todos a esperar a absolvição final no inferno processual brasileiro", disse.


Rafa Santos é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 4 de setembro de 2019, 9h13

Nenhum comentário: