ENEDINO BATISTA RIBEIRO – Gavião-de-penacho – IHGSC + ALESC/Fpolis-SC/1990, vol. 1, p. 102:
Só para quem não nasceu, ou nunca viveu numa fazenda, nem nunca sentiu a paz bucólica de um sítio, quando o sol à tardinha vai se escondendo atrás dos montes e dourando a paisagem com o mágico reflexo de nuvens cor-de-rosa, só quem nunca viu uma queimada de campo, quem nunca assistiu a uma derrubada de roça, só quem nunca atirou um pealo, quem nunca viu como o caboclo destemido e garboso salta ao lombo de um potro xucro e sai ao léu pelas campinas, só quem nunca parou um rodeio e nunca assistiu a uma briga de touros, desconhecerá que a vida de campo é a melhor, a mais pura e bela, a mais divertida de todas!
A coisa é cultural e, assim como a farra-de-boi, dará muito trabalho para ser mudada.
E, de outro lado, desconfio que as poderosas multinacionais que produzem "defensivos agrícolas", um nome bonito para os agrotóxicos, ou seja, Bayer-Monsanto, Syngenta, entre outras, possuem muito interesse em combater os incêndios florestais, meio primitivo de controlar algumas pragas, porque ampliam suas vendas na mesma proporção em que o fogo não for mais usado.
O assunto é muito complexo e inevitável perguntar: o que é mais desastroso para a humanidade: queimar as matas, ou pulverizar as lavouras e o gado de corte com venenos que irão para na barriga dos cidadãos do mundo?
Com a palavra os cientistas.
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