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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

CONSERVAR OU INOVAR?

Nosso Estado de Santa Catarina tem fama e comporta-se mesmo, em sua grande maioria, como conservador, principalmente na hora de votar e escolher seus mandatários. Foi assim que se deu uma guinada em direção ao PSL, de Bolsonaro, de braços dados com as velhas oligarquias, além do setor militar, do qual se origina, as velhas castas do Judiciário, da agricultura, da pecuária, dentre outras tradicionalistas por excelência. 
Cumpre lembrar a lição de DAVATZ (Memórias de um colono no Brasil, p. 23):   As instituições tradicionais não vivem apenas de prestígio moral e estético. Pretender mantê-las sem um apoio efetivo na realidade é cair em vago e caprichoso formalismo. 
Os tempos atuais não se prestam a conceitos e práticas rançosas e todos somos forçados a aceitar e adotar modernidades incontáveis, a cada dia que passa. Inovar não se trata mais de uma opção, mas de uma necessidade imperiosa, assim na administração pública, como nos negócios privados, de modo que pretender tocar a administração pública com base em princípios religiosos e ideológicos superados, baseada em privilégios odiosos, acumulação de riqueza nas mãos de classes tradicionalmente dominadoras, só pode levar o país a um verdadeiro desastre. 
Urge que nos livremos, principalmente, de instituições bancárias e religiosas que agem como senhores feudais, acolitadas por governos de idêntico comportamento. 
Os cristãos evangélicos - principal base de apoio do governo Bolsonaro - constituem a massa mais retrógrada que se conhece, tendente a uma submissão bovina, aceitando a "canga" religiosa e moral de modo aviltante, a tal ponto que se submetem ao execrável "dízimo" - que torna os bispos, favorecidos por tais doações,  verdadeiros potentados - sacrificando o bem-estar das suas famílias, em troca de promessas irrealizáveis, vítimas de um pernicioso estelionato religioso, que os tornar dignos de dó, tamanha a ingenuidade que demonstra. 
E a justiça - propositadamente com "j" minúsculo - não se atreve a ver a "liberdade religiosa" (que implica em imunidade e isenções tributárias incontáveis, das quais se beneficiam os pregadores estelionatários, senão como verdadeiro atentado à dignidade humana, que a Constituição Federal buscou tutelar.  
Esse conluio perverso da administração pública conservadora com pregadores inescrupulosos e perversos, atenta, de modo gritante, contra os interesses e a dignidade do nosso inculto e ingênuo povo, transformando-o em servo de interesses espúrios e indecentes. 
Em suma: enquanto não houver, neste país, uma verdadeira e radical mudança de postura do povo, guiada por cabeças pensantes bem intencionadas, nosso país continuará alvo do deboche das demais nacões, que nos tomam por uma manada de descerebrados e incapazes de pensarmos mudanças no nosso destino. 
Uma lástima o quadro atual, portanto. 

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