Em meio a intensos protestos, Sebastián Piñera diz que país enfrenta "inimigo poderoso e implacável". Governo põe milhares de soldados nas ruas de Santiago e outras cidades para conter atos, que já contam dez mortos.
Manifestações contra aumento da passagem de metrô trouxeram à tona insatistação com descasos do governo
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse que seu país está em estado de guerra após três dias de manifestações violentas, saques e distúrbios que deixaram dez mortos e quase 1,5 mil pessoas presas.
Manifestações contra aumento da passagem de metrô trouxeram à tona insatistação com descasos do governo
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse que seu país está em estado de guerra após três dias de manifestações violentas, saques e distúrbios que deixaram dez mortos e quase 1,5 mil pessoas presas.
O país vive a maior onda de protestos em décadas, que se concentram em Santiago e ocorrem também em outras cidades. Foi declarado estado de emergência na capital e em nove das 16 regiões chilenas.
Os manifestantes começaram a ir às ruas contra o aumento da passagem de metrô, de um valor equivalente a US$ 1,12 para US$ 1,16. O governo suspendeu a medida, mas isso não foi suficiente para arrefecer os protestos, que ganharam novas demandas.
Após o estopim inicial, vieram à tona várias reivindicações que revelam o descontentamento de parte significativa da população com o que muitos consideram descaso do governo.
"Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, implacável, que não respeita ninguém e está disposto a usar a violência e a delinquência sem limite algum", disse o presidente na noite deste domingo (20/10), após se reunir com o general do Exército Javier Iturriaga, encarregado da ordem e da segurança em Santiago.
"Não será fácil, mas vamos ganhar essa batalha", afirmou Piñera na guarnição militar de onde monitorava a situação junto a outras autoridades. Ele prometeu que seu governo fará tudo que estiver a seu alcance para que as pessoas possam retomar suas vidas normais.
"Destruíram o metrô, que é vital para as pessoas", declarou o presidente. "Se concentraram em destruir supermercados para privar as pessoas do direito de se abastecerem. Tentaram queimar hospitais." Ele assegurou que o governo trabalha para garantir o abastecimento e a abertura do comércio, escolas e jardins de infância.
As 27 estações de metrô da linha 1, uma das sete que formam a rede de metrô da cidade, foram reabertas nesta segunda-feira. Desde o início dos protestos, 78 estações e vários vagões sofreram danos contabilizados em mais de 300 milhões de dólares pela empresa estatal que administra a rede de transportes. No aeroporto da capital, centenas de voos foram cancelados.
"Este é um problema entre os que querem liberdade, democracia e viver em paz e os que querem destruir nosso país, e vamos ganhar essa batalha", reiterou o presidente.
Os manifestantes começaram a ir às ruas contra o aumento da passagem de metrô, de um valor equivalente a US$ 1,12 para US$ 1,16. O governo suspendeu a medida, mas isso não foi suficiente para arrefecer os protestos, que ganharam novas demandas.
Após o estopim inicial, vieram à tona várias reivindicações que revelam o descontentamento de parte significativa da população com o que muitos consideram descaso do governo.
"Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, implacável, que não respeita ninguém e está disposto a usar a violência e a delinquência sem limite algum", disse o presidente na noite deste domingo (20/10), após se reunir com o general do Exército Javier Iturriaga, encarregado da ordem e da segurança em Santiago.
"Não será fácil, mas vamos ganhar essa batalha", afirmou Piñera na guarnição militar de onde monitorava a situação junto a outras autoridades. Ele prometeu que seu governo fará tudo que estiver a seu alcance para que as pessoas possam retomar suas vidas normais.
"Destruíram o metrô, que é vital para as pessoas", declarou o presidente. "Se concentraram em destruir supermercados para privar as pessoas do direito de se abastecerem. Tentaram queimar hospitais." Ele assegurou que o governo trabalha para garantir o abastecimento e a abertura do comércio, escolas e jardins de infância.
As 27 estações de metrô da linha 1, uma das sete que formam a rede de metrô da cidade, foram reabertas nesta segunda-feira. Desde o início dos protestos, 78 estações e vários vagões sofreram danos contabilizados em mais de 300 milhões de dólares pela empresa estatal que administra a rede de transportes. No aeroporto da capital, centenas de voos foram cancelados.
"Este é um problema entre os que querem liberdade, democracia e viver em paz e os que querem destruir nosso país, e vamos ganhar essa batalha", reiterou o presidente.
"Não será fácil, mas vamos ganhar essa batalha", disse o presidente do Chile, Sebastián Piñera, sobre os protestos
No
domingo, Santiago amanheceu amplamente patrulhada pelas Forças Armadas,
uma aposta do governo Piñera para conter as manifestações. É a primeira
vez que a capital é patrulhada por soldados desde o fim da ditadura do
general Augusto Pinochet, em 1990.
A cidade e outras regiões do
país, como Valparaíso (centro) e Concepción (sul), estão sob toque de
recolher, após o governo ter decretado estado de emergência. Segundo
Piñera, cerca de 9.500 militares e policiais fazem patrulha em Santiago e
outras nove regiões.
Há apenas poucos dias esta era uma situação
inimaginável no Chile, inclusive com o presidente tendo afirmado
recentemente que seu país era um "oásis de estabilidade" na região.
As
manifestações ganharam corpo nas redes sociais com frases como "chega
de abusos" e a hashtag #ChileDespertó. Muitas pessoas reclamam que o
acesso à saúde e à educação está na mão de empresas privadas, em meio a
uma forte desigualdade social, redução nas aposentadorias e aumento nos
custos dos serviços essenciais.
Os estudantes convocaram novas
manifestações para esta segunda-feira.
Os protestos ocorrem pouco
antes de alguns eventos internacionais de grande porte marcados para
ocorrer no país. Em meados de novembro, a capital receberá a reunião de
líderes do Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec) e, em dezembro, a
Conferência do Clima da ONU, a COP 25.
RC/afp/efe/ots/rtr
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