Ontem, na reunião da AMORA, um amigo, membro de uma família tradicional de Ratones, comentava, em tom lamentoso, sobre o costume desaparecido.
Lembrei-me de que Licurgo Costa - na sua preciosa obra "O Continente das Lagens"/Vol. 4, p. 1608 - reproduziu um artigo publicado no jornal "O Planalto", datado de 20 de fevereiro de 1925, no qual se comentava o hábito em destaque, além daquele de "não fumar diante dos progenitores".
Pois bem: faz quase um século que tais práticas já estavam desaparecendo, mas ainda há quem as valorize como "respeitosas".
Só faltou o meu amigo dizer que junto com o "pedir a bênção", deveríamos voltar aos tempos da monarquia e "dar louvado" aos mais velhos, pois muitos de Ratones, a exemplo dele, continuam a acreditar em benzedura, com muita convicção.
Menos, né minha gente!!!
Existem boas práticas antigas, mas valorizar benzeduras, farra de boi e outras práticas como as acima abordadas, são sinais inequívocos de um atraso lamentável. Ranço puro.
Alguém já disse que "o homem olha para qualquer coisa e a vê através do filtro de sua herança cultural, o que conduz a uma anamorfose do real".
Nenhum comentário:
Postar um comentário