Simplesmente espetacular. Um digno repositório de informações que prende o leitor, de modo impressionante.
Comprei-o hoje e já li quase a metade, tamanha a atração que está exercendo sobre a minha curiosidade.
Obra escrita em 1956, relata crenças e crendices que envolvem animais silvestres bem conhecidos nossos, vítimas indefesas da medicina primitiva, da má fé de certos religiosos, dentre outros seres humanos impiedosos.
São surpreendentes, por exemplo, as informações sobre o uso de parte dos corpos de animais como a anta, a paca, a capivara, o gambá, o veado, o jacaré, a anhuma, assim como de conhecidos exemplares da nossa flora, em misturas destinadas à cura de doenças, dentre outras incontáveis "tradições".
Discorre ainda sobre métodos de caça e pesca, esta com uso de ervas tóxicas, por exemplo.
E, no seu todo, serve para demonstrar como foi oportuno o surgimento da ecologia, com suas exigências de preservação, que acabaram por influenciar uma poderosa legislação repressora dos abusos que eram cometidos impunemente, de sorte a conservarmos o pouco que ainda resta dos reinos animal e vegetal, não destruído pela sanha predatória do ser humano "civilizado".
Recomendo a obra em destaque, sem medo de errar, aos que ainda conseguem ler, posto que tal capacidade está a desaparecer, de maneira acelerada e assustadora, em face da preguiça mental reinante.
Uma curiosidade sobre os mosquitos, em tempos pretéritos: noticia o eminente historiador que eram tantos os insetos que os cavalos fugiam do campo, intrometiam-se pelas casas e colocavam as cabeças sobre os fogões, para se livrarem das picadas.
Uma curiosidade sobre os mosquitos, em tempos pretéritos: noticia o eminente historiador que eram tantos os insetos que os cavalos fugiam do campo, intrometiam-se pelas casas e colocavam as cabeças sobre os fogões, para se livrarem das picadas.
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