Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quarta-feira, 27 de novembro de 2019

SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA - "Caminhos e fronteiras"

Simplesmente espetacular. Um digno repositório de informações que prende o leitor, de modo impressionante.
Comprei-o hoje e já li quase a metade, tamanha a atração que está exercendo sobre a minha curiosidade.
Obra escrita em 1956,  relata crenças e crendices que envolvem animais silvestres bem conhecidos nossos, vítimas indefesas da medicina primitiva, da má fé de certos religiosos, dentre outros seres humanos impiedosos. 
São surpreendentes, por exemplo, as informações sobre  o uso de parte dos corpos de animais como a anta, a paca, a capivara, o gambá, o veado,  o jacaré, a anhuma, assim como de conhecidos exemplares da nossa flora, em misturas destinadas à cura de doenças, dentre outras incontáveis "tradições". 
Discorre ainda sobre métodos de caça e pesca, esta com uso de ervas tóxicas, por exemplo. 
E, no seu todo, serve para demonstrar como foi oportuno o surgimento da ecologia, com suas exigências de preservação, que acabaram por influenciar uma poderosa legislação repressora dos abusos que eram cometidos impunemente, de sorte a conservarmos o pouco que ainda resta dos reinos animal e vegetal, não destruído pela sanha predatória do ser humano "civilizado".  
Recomendo a obra em destaque, sem medo de errar, aos que ainda conseguem ler, posto que tal capacidade está a desaparecer, de maneira acelerada e assustadora, em face da preguiça mental reinante. 
Uma curiosidade sobre os mosquitos, em tempos pretéritos: noticia o eminente historiador  que eram tantos os insetos que os cavalos fugiam do campo, intrometiam-se pelas casas e colocavam as cabeças sobre os fogões, para se livrarem das picadas.

Nenhum comentário: