Publicado: Quarta, 13 de Novembro de 2019, 20h09
Foto: Adobe Stock
Brasília (12/11/2019) – Agentes do Ibama e da Polícia Militar
Ambiental de Santa Catarina cumpriram no último sábado (09/11) mandado
de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal contra o comércio
ilegal da toxina conhecida como vacina do sapo em Concórdia (SC).
Produzida naturalmente por rãs kambô (Phyllomedusa bicolor), a
substância tem efeitos alucinógenos e pode causar a morte do usuário.
Povos originários da Amazônia, como os Katukinas e os Huni Kuin, usam
a toxina kambô em práticas ancestrais, mas a aplicação por não
indígenas representa um sério risco à saúde. O comércio ilegal também
ameaça a sobrevivência da espécie, que se tornou visada por traficantes
de fauna silvestre.
O principal alvo da investigação que resultou na Operação Kambô II é
um cidadão de Cruzeiro do Sul (AC) acusado de ofertar, obter,
transportar, comercializar e tentar aplicar a substância. Essas condutas
são proibidas pela legislação ambiental e puníveis com multa e
apreensão. Por esse motivo, o investigado teve suas atividades impedidas
pelo Ibama. Com ele também foram encontrados objetos feitos com partes
de animais silvestres, como ossos, dentes, penas e couro.
Em maio de 2019, outro investigado pela mesma prática já havia sido multado pelo Ibama em Florianópolis.
A ação em Concórdia é resultado de investigações do Ibama em diversas
frentes: nas áreas de captura dos animais, a partir de anúncios
veiculados na internet e em locais onde ocorre a aplicação da toxina.
Nas próximas etapas, a Operação Kambô II terá como alvo não indígenas
que comercializam a vacina do sapo em outras cidades brasileiras e no
exterior.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados:
Assessoria de Comunicação do Ibama
imprensa@ibama.gov.br
061 3316 1015
Nenhum comentário:
Postar um comentário