Fast food age como cocaína no cérebro de quem come muito
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Alimentos industrializados oferecem quantidades bem maiores
de açúcares e gorduras, que atuam na resposta dos neurotransmissores
de açúcares e gorduras, que atuam na resposta dos neurotransmissores
As
mesmas mudanças na química cerebral que levam pessoas a querer usar
drogas pesadas como cocaína e heroína também levam pessoas que quererem
comer sempre mais do que seu corpo precisa, principalmente quando
envolve alimentos gordurosos e açucarados. Ingerir uma dieta rica
nestes tipos de comida faz com que a sensação adquirida por um pedaço
de bolo, com o passar do tempo, passe a ser conseguida com dois ou
mais, segundo uma pesquisa realizada em conjunto por diversas
universidades americanas.
O desejo por alimentos altamente calóricos começa com a língua, que
é revestida com pequenos receptores gustativos construídos para
detectar esses alimentos. Milhares de anos atrás, açúcares e gorduras
ajudaram os nossos antepassados a passarem períodos de fome.
No entanto, os alimentos industrializados produzidos atualmente em
comparação com as frutas e carnes ingeridas em seu estado natural,
oferecem quantidades bem maiores de açúcares e gorduras, fornecendo
muito mais do que a é necessário para o corpo. Esse exagero é detectado
pelo cérebro, mais especificamente pelos neurotransmissores, receptores
responsáveis pelas sensações de prazer.
Mas o poder de alimentos não saudáveis não para no nosso sentido do
paladar. É o cérebro por trás da língua que carrega por vezes “a
culpa”.
Para confirmar a tese, os pesquisadores alimentaram ratos de laboratório com alimentos bem açucarados por alguns meses. Em resposta, observaram que os animais passaram a responder menos a dopamina (neurotransmissor que dá a sensação de prazer).
Para confirmar a tese, os pesquisadores alimentaram ratos de laboratório com alimentos bem açucarados por alguns meses. Em resposta, observaram que os animais passaram a responder menos a dopamina (neurotransmissor que dá a sensação de prazer).
Problemas
com o processamento da dopamina também foram observados no cérebro de
pessoas obesas e também em pessoas que usam cocaína, heroína, álcool e
metanfetaminas, segundo, Gene-Jack Wang, neurocientista que estuda a
obesidade no Brookhaven National Laboratory, em Upton, Nova York.
- As pessoas estão dirigindo um Mustang, indo rápido, empurrando seus aceleradores. Mas eles perderam seus freios.
- As pessoas estão dirigindo um Mustang, indo rápido, empurrando seus aceleradores. Mas eles perderam seus freios.
Em um novo estudo publicado em 29 de setembro do Journal of
Neuroscience, complementar ao primeiro, cientistas descobriram que o
ganho de peso tem poder de diminuir o prazer que a pessoas sentem
quando comem alimentos gordurosos e açucarados. Para isso, um grupo de
mulheres com sobrepeso teve seus cérebros monitorados após tomarem um
milk shake de chocolate.
Por meio de imagens de ressonância magnética funcional, foi possível medir mudanças no fluxo sanguíneo do cérebro que fizeram os pesquisadores descobrirem que o tratamento com açúcar estimulou a atividade de uma região do cérebro (corpo estriado), onde massa de células primitivas atuam na sensação de prazer quando comemos alimentos que gostamos.
Ao voltarem a tomar o milk shake seis meses depois, as mesmas sensações ocorreram. No entanto, entre as pessoas que tinham engordado, a resposta cerebral foi menor do que no primeiro teste.
Por meio de imagens de ressonância magnética funcional, foi possível medir mudanças no fluxo sanguíneo do cérebro que fizeram os pesquisadores descobrirem que o tratamento com açúcar estimulou a atividade de uma região do cérebro (corpo estriado), onde massa de células primitivas atuam na sensação de prazer quando comemos alimentos que gostamos.
Ao voltarem a tomar o milk shake seis meses depois, as mesmas sensações ocorreram. No entanto, entre as pessoas que tinham engordado, a resposta cerebral foi menor do que no primeiro teste.
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