Lambendo o "pontifício escroto"

TRISTE VER

Sangra mucho el corazón del que tiene que pedir – dizia Hernández. Menos o coração dos políticos, que nestes dias imploram votos. De repente, a marxista Dilma Rousseff, em sua biografia refeita, virou pessoa de “sólida formação moral e religiosa". Em foto no Vaticano, a petista surge de véu ao lado do papa Bento XVI, sob os dizeres "braço direito de Lula, Dilma viaja o mundo reafirmando seus valores e sua fé". Em época de eleições, até comunista lambe o pontíficio escroto.

O outro velho comunossauro, José Serra, mostra fotos de sua primeira comunhão. Em fotos destes últimos dias, aparece beijando um terço e praticando o ritual canibalístico de comer a carne do Cristo. Não vimos o novel papa-hóstias confessando. Como para comungar o católico precisa estar em estado de graça, é de supor-se o tucano não cometeu nenhum pecado mortal nas últimas décadas em que não comungou. No programa de segunda à noite, usou o feriado de Nossa Senhora Aparecida para advogar por "bons exemplos de união, de fé, de respeito à liberdade e valores cristãos". Santo homem. Prontinho para ser canonizado.

Quanto a dona Dilma, preferiu não comer carne humana. Vai ver que, em função de sua sólida formação moral e religiosa, sentiu-se impedida de comungar. Que horrendos pecados portará o coração de pomba mansa da candidata?

O que não me espanta. No fundo da alma de todo comunista está um religioso enrustido. Não por acaso, o primeiro país do mundo a adotar a tirania marxista foi a Rússia católica. E os partidos comunistas mais fortes da Europa vicejaram nas catolicíssimas Itália, França e Espanha.

Palhaçada. E ainda há quem reclame do Tiririca, que pelo menos não recorreu a essa demagogia barata de última hora. Tiririca foi o voto Cacareco. Como os mais novos desconhecem Cacareco, explico. Era um rinoceronte do zoológico de São Paulo, que ganhou cerca de 100 mil votos nas eleições de outubro de 1959 para vereador da cidade. Eram os bons tempos em que a eleição era realizada com cédulas de papel e os eleitores escreviam o nome de seu candidato de preferência. O partido mais votado não chegou a 95 mil votos. A diferença do atual voto Cacareco é que o rinoceronte levou mas não tomou posse. Hoje, o palhaço foi eleito e mais: levou junto três ou quatro vagabundos para o Congresso.

De repente, não mais que de repente, papistas e evangélicos assumiram o fiel da balança no segundo turno. Neste país em que aborto é tipificado como crime – e onde se praticam um milhão de abortos por ano, sem que ninguém seja punido – os religiosos pretendem levar os candidatos a se comprometerem em não legalizar o que há muito está legalizado. A candidata petista, aborcionista de carteirinha, do dia pra noite vira defensora da vida. O tucano não poderia ficar atrás e declara que se o aborto fosse legalizado, no dia seguinte teríamos uma carnificina. Se eleito, deveria cortar relações com Europa, Canadá, Estados Unidos e demais países ditos civilizados, onde se cometem carnificinas todos os dias.

Ser candidato a qualquer cargo político no Brasil é sinônimo de mentir. Precisa agradar todas as platéias. Se está ante um público gay, se manifesta a favor de uma legislação contra a homofobia. (Aliás, vou me divertir muito se tal lei for aprovada. Para começar, os padres não poderão citar a Bíblia). Se está em meio a religiosos, se manifesta contra o homossexualismo. O mesmo diga-se em relação ao aborto. A terceira candidata, o ET de Xapuri, preferiu sair pela tangente: submeterá a questão a plebiscito.

Triste ver líderes que pretendem conduzir a nação mentindo todos os dias na imprensa. E mentindo da forma mais vil, negando hoje o que disseram ontem. Triste ver gente que se pretende adulta mendigando votos. Triste ver pessoas se despindo de qualquer dignidade para chegar ao poder.

Triste ver um país onde ser candidato vira sinônimo de ser canalha.
- Enviado por Janer @ 9:02 PM

Fonte: Blog do JANER CRISTALDO 

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A postura dos candidatos mostra bem por que, qualquer deles que seja eleito, continuará a manter o Brasil na lastimável e vergonhosa posição de colônia do Vaticano, que não deixamos de ser (apesar da Proclamação da República) desde que os portugueses aqui aportaram e passaram a chamar estas terras de Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz e foram denominando inúmeros acidentes geográficos, cidades, municípios, estados, com nomes de símbolos e santos do seu culto. 

Somos (com as exceções representadas pelas pessoas conscientes, embora, na maioria, acomodadas) um povo sem brio, sem dignidade, uma cambada de submissos. Nossos governantes não passam de esbirros de banqueiros e de clérigos.

Enfim, o Brasil sempre foi e se manterá  uma eclesiocracia, antes a serviço somente do Vaticano e, nos tempos mais recentes, também a serviço de uma grande variedade de bandidos (pastores, missionários, e outros tantos espiritualistas) que se apropriam de dinheiro público sem o menor pudor e sem que sejam incomodados por aqueles que possuem a obrigação funcional de zelar pelo interesse coletivo, isto é, pelos Promotores de Justiça.

Raramente surge algum cidadão que, cansado de ver os abusos praticados impunemente pela malta referida, adota alguma providência (do tipo ação popular), mas, o andamento de tais procedimentos (por conta da desorganização e ineficiência do Judiciário, da má vontade dos Magistrados e dos membros do Ministério Público e também ante a fartura de recursos de que se utilizam os advogados chicaneiros colocados a serviço dos demandados) acaba sendo ridículo, embora em Santa Catarina, por exemplo, a Constituição diga que as ações populares devem ter seu andamento priorizado.

Não foi sem razão que o colega DE BEM, o qual durante muito tempo atuou na área do Direito Público, denominou a ação popular de salutar exercício de insanidade cívica. 

Votar na Dilma ou no Serra não implicará mudança alguma, porque ambos fazem parte da farsa que é o Estado no Brasil. O exercício do "direito" (obrigação) de votar só serve para legitimar a fantasiosa "democracia" em que vivemos.
De nada adianta o TSE, a serviço da maracutaia que é a vida pública brasileira, fazer propaganda sobre a utilidade dos pleitos para a suposta democracia brasileira, eis que a realidade é bem outra, dura, indisfarçável, de difícil digestão por quem tem consciência de tal situação. 
Sobre o que ocorre na política brasileira, é interessante ver a entrevista do Ciro Gomes, que segue no vídeo:

 

Eu mudaria a afirmação final: quem conhece os políticos brasileiros (não só do PT), não vota em ninguém.Qualquer dos partidos que se coloque no poder equivale a dar estribo para uma corja de safados, entreguistas e ladrões do dinheiro público.

Lembram do discurso ético do PT, esperança de grande parte do povo brasileiro? E o que aconteceu com os seus caciques? lembram da "privatização" iniciada pelo PSDB?