Muitas pessoas, aqui no Brasil, possuem a concepção de que mulheres que procuram outras para se relacionar fazem-no porque teriam sido maltratadas por parceiros do sexo masculino (ficando, por isto, arredias aos homens), ou sofreram com alguma decepção nos relacionamentos que mantiveram, isto é, os parceiros não corresponderam às expectativas, no que tange ao desempenho sexual, deixando-as insatisfeitas.
Na verdade, a generalização engendra grandes possibilidades de erro. "Cada caso é um caso". e os rótulos costumam não servir para todos.
Aliás, eu não sei porque a humanidade insiste em se fixar na idéia de que existem apenas dois sexos, baseando-se nas aparências externas das pessoas, quando mesmo as aparências de alguns seres humanos apontam para alternativas naturais diferentes das tradicionalmente aceitas.: criaturas com aparências masculinas, mas dotadas de trejeitos e almas afeminadas e outras criaturas com aparências femininas, mas dotadas de trejeitos e impulsos masculinos.
Por que temos que nos envolver com a opção sexual dos outros? Se os desejos e espíritos de duas pessoas se afinam, chegam a uma harmonia que interessa a ambos, com que direito podemos reprová-las, interferir para separá-las, ou até mesmo repudiá-las como "pecadoras"? De onde tiramos permissão para impor a falsa moral que nos ensinaram?
Em verdade o que importa é que as pessoas sejam felizes com a opção que adotarem, mesmo que isto cause estranheza até mesmo aos que se imaginam mais desprendidos dos preconceitos.
Confesso que, não raro, por força da formação defeituosa que me deram, no particular, vejo-me tentado a rotular certas pessoas de forma pejorativa como "viados" ou "machorras". Policiar-me quanto a tais concepções preconceituosas é tarefa árdua. O virus da abjeta moralidade que me inocularam - em casa e nas escolas, como o fizeram em um número infinito de outras pessoas - não é fácil de ser eliminado.
Mas tenho me esforçado para superar tão medonho defeito de formação. Na medida em que me afastei da nefasta influência de pregadores religiosos, a tarefa de me tornar mais compreensivo com as pessoas de outros sexos ficou mais facilitada. Fontes terríveis de pregação e disseminação de preconceitos, como é a bíblia, deveriam ser banidos definitivamente de nossas vidas. Elas engendram incontáveis situações de intolerância e injustiça, que continuam a ser praticadas pelos mais desavisados, mormente por aqueles que interpretam livros ditos sagrados "ao pé da letra", não conseguindo captar-lhes o espírito e os simbolismos neles contidos.
Quem já viveu em chácaras, como é o meu caso, sabe que não só entre os seres humanos existe a homossexualidade e os sexos alternativos. Já vi "galos-galinhas", "éguas-bagualas", vacas trepando em outras, enfim toda espécie de aparentes "anomalias".
Como ousam os que acreditam na existência de um arquiteto do universo, discordar da existência de tais "anomalias", combatê-las, recriminá-las e até eliminá-las (não são raros os casos dos que atacam e matam homossexuais)? Será que os animais referidos agem naturalmente ou movidos por alguma maldade?
As pessoas que se consideram "religiosas", quando questionam, repudiam e até atacam outras que não se enquadram nos tipos aceitos de sexualidade (o binômio macho/fêmea), deveriam pensar que estão se rebelando contra e até recriminando o "criador", atribuindo-lhe atos falhos.
Independentemente de sermos religiosos ou não, seria muito mais humano aceitarmos com naturalidade as diferenças, porque elas é que constituem o verdadeiro fascínio da nossa espécie. A natureza nos dá contínuas e inúmeras demonstrações neste sentido, quando faz alguns claros outros escuros, alguns altos outros baixos, alguns inteligentes outros nem tanto, alguns robustos outros franzinos, enfim, quando mostra que o normal é sermos uns diferentes dos outros, até nas impressões digitais, tipos sanguíneos, preferências alimentares, etc...
A igualdade é apenas um artifício jurídico, razão pela qual temos que conviver e aceitar pacificamente as diferenças.
Somos frutos - desde a concepção - de um processo que começa com uma competição (alguns espermatozóides triunfaram e outros sucumbiram), donde resulta a demonstração de que as diferenças são inevitáveis e devem, portanto, ser aceitas com naturalidade.
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Saiba porque uma mulher tem relação sexual com outra mulher
Estudo americano tenta revelar a razão das mulheres se relacionarem com outras mulheres
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
A
Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, entrevistou uma série de
mulheres em idade universitária na tentativa de examinar o que motiva
as "meninas brincarem com outras meninas".
Os professores Verta Taylor, de sociologia e Leila J. Rupp, da área de estudos femininos, descobriram que existe uma certa tendência, que eles nomearam de fenômeno 'copycat', das mulheres se envolverem sexualmente com outras mulheres por causa das celebridades. Uma vez que cada dia mais no mundo das famosas a sexualidade está mais divulgada e não são raros os casos de bissexualidade, haveria, portanto, um impulso ou mesmo incentivo das mulheres 'normais' começarem a copiar as atitudes das celebs.
Outro fator de relevância é o de que as mulheres vão além do beijo para chamar a atenção de seus parceiros, "esta pode ser uma forma de relação aberta que alimenta a imaginação masculina. Além, do fato dos homens estarem em uma posição socialmente dominante", disse Taylor. As conclusões dos estudiosos parecem bastante óbvias, além da pergunta que fica: estão os homens, realmente, em pleno século 21, em uma posição social/sexual privilegiada?
Os professores Verta Taylor, de sociologia e Leila J. Rupp, da área de estudos femininos, descobriram que existe uma certa tendência, que eles nomearam de fenômeno 'copycat', das mulheres se envolverem sexualmente com outras mulheres por causa das celebridades. Uma vez que cada dia mais no mundo das famosas a sexualidade está mais divulgada e não são raros os casos de bissexualidade, haveria, portanto, um impulso ou mesmo incentivo das mulheres 'normais' começarem a copiar as atitudes das celebs.
Outro fator de relevância é o de que as mulheres vão além do beijo para chamar a atenção de seus parceiros, "esta pode ser uma forma de relação aberta que alimenta a imaginação masculina. Além, do fato dos homens estarem em uma posição socialmente dominante", disse Taylor. As conclusões dos estudiosos parecem bastante óbvias, além da pergunta que fica: estão os homens, realmente, em pleno século 21, em uma posição social/sexual privilegiada?
- Redação Terra
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