Nós humanos, somos, em verdade, muito pretensiosos quando, por não entendermos os animais, achamo-nos superiores a eles e afirmamos que possuem só instinto e não inteligência, alma, etc...e aproveitamos para aprisioná-los, usá-los em experiências científicas, explorá-los e sobretudo matá-los.
Tais concepções resultaram, em grande parte, da Bíblia, o livro que ensina, aos tolos que lhe dão crédito, que os animais foram criados para nos servir de escravos, de alimento, etc...
Hora virá em que a ciência demonstrará a injustiça que cometemos com as demais espécies e as lideranças religiosas (os papas , principalmente) sairão a pedir desculpas pelas insanidades que suas igrejas propagam.
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Macacos também se reconhecem no espelho
Pela primeira vez, macacos rhesus reconhecem seu reflexo no espelho. O sucesso no teste indica que eles têm auto-consciência
Normalmente, macacos pequenos não têm o que fazer na frente do espelho
– ou eles ignoram suas imagens ou interpretam o reflexo como se fosse
de outros animais, invasores. Eles jamais reconhecem a imagem como
sendo a sua própria. Os grandes primatas, como chimpanzés e
orangotangos, e os homens vão bem nesse teste: obviamente, reconhecem
seu reflexo e fazem caretas, ficam olhando para qualquer marca
desenhada em seu rosto pelos cientistas ou imaginam como estão ficando
velhos e grisalhos.
Ao longo dos últimos 40 anos, os cientistas concluíram que esse tipo de comportamento no teste do espelho mostra que poucas espécies têm auto-consciência – elas conseguem perceber que há um limite entre seus corpos e o mundo físico. Os chimpanzés, nossos "parentes" mais próximos, passam no teste do espelho enquanto o maioria das outras espécies de primatas não, por isso os cientistas passaram a discutir uma divisão cognitiva entre os chimpanzés, mais evoluídos, e os demais.
Ao longo dos últimos 40 anos, os cientistas concluíram que esse tipo de comportamento no teste do espelho mostra que poucas espécies têm auto-consciência – elas conseguem perceber que há um limite entre seus corpos e o mundo físico. Os chimpanzés, nossos "parentes" mais próximos, passam no teste do espelho enquanto o maioria das outras espécies de primatas não, por isso os cientistas passaram a discutir uma divisão cognitiva entre os chimpanzés, mais evoluídos, e os demais.
O rhesus provou que a evolução da auto-consciência nos animais pode não ser como há muito os cientistas pensavam
Mas um estudo publicado
nesta quarta-feira (29) no PLos ONE por Luis Populin, da Universidade
de Wisconsin-Madison, mostra que, sob condições específicas, um macaco
rhesus – que, historicamente, só havia reprovado no teste – consegue se
reconhecer no espelho e executar ações que os cientistas esperariam de
um animal com auto-consciência. A descoberta coloca em dúvida a
relevância do teste do espelho e essa divisão cognitiva entre os
primatas superiores e os inferiores. A sequência do genoma do rhesus
coincide com as dos humanos e dos chimpanzés em 97,5%. A semelhança
entre os códigos genéticos do chimpanzé e do homem chega a 99%.
Populin pesquisa as bases neurais da percepção e do comportamento. Ele se preparava para estudar distúrbio de défcit de atenção com dois rhesus quando uma aluna de graduação percebeu que um dos macacos conseguia se reconhecer em um pequeno espelho. Pela literatura científica, esses animais não seriam capazes disso. Isso motivou Populin a mudar o foco do estudo. Para a sua sorte, a aluna estava certa.
Populin pesquisa as bases neurais da percepção e do comportamento. Ele se preparava para estudar distúrbio de défcit de atenção com dois rhesus quando uma aluna de graduação percebeu que um dos macacos conseguia se reconhecer em um pequeno espelho. Pela literatura científica, esses animais não seriam capazes disso. Isso motivou Populin a mudar o foco do estudo. Para a sua sorte, a aluna estava certa.
No
teste padrão, os pesquisadores fazem uma marca inofensiva no rosto do
animal, que só pode ser vista por ele através do espelho. Se o animal
para em frente ao espelho e toca a marca, o teste indica que ele tem
auto-consciência. Ou seja, ele sabe que o espelho mostra seu reflexo e
não de outro animal. Já os animais que não possuem auto-consciência
podem, por exemplo, procurar um "animal invasor" atrás do espelho. O
rhesus, muito usado em pesquisas médicas e psicológicas, há muito
falhava no teste da marca na testa.
Mas no laboratório
de Populin, os macacos olhavam claramente para o espelho enquanto
examinavam suas testas. Eles também examinavam outras áreas de seus
corpos, particularmente as genitálias, que nunca haviam sido vistas por
eles até então. Às vezes os macacos viravam de cabeça para baixo; às
vezes acertavam o espelho para ter uma visão melhor (confira o vídeo).
Quando os pesquisadores cobriram o espelho com plástico preto, esse
comportamento deixou de existir, e os macacos ignoraram aquele que
acabara de ser um objeto fascinante. "Se seguirmos a lógica de que se
reconhecer no espelho é a prova de um 'autosenso', então temos que
estender esse atributo também ao macaco rhesus", diz Christopher Coe,
especialista em primatas e professor de psicologia na
Wisconsin-Madison.
Cientistas que normalmente usam o teste para explorar o auto-conhecimento observaram essa qualidade em uma espécie de ave, em um elefante e em golfinhos. Em vez de se perguntarem como a auto-consciência evoluiu entre os primatas, eles enfrentam uma questão maior: como ela evoluiu em espécies tão distintas e distantes. "Nós temos dados que mostram que esses animais se reconhecem no espelho, mas falham no teste da marca", diz Populin. Segundo ele, Há uma corrente da primatologia que diz que, em vez de se dar em forma de ruptura, o auto-conhecimento tem evoluído continuamente. Então é natural encontrá-lo de diferentes formas em diferentes pontos da árvore da evolução. "O teste de marca não é suficiente para detectar auto-conhecimento nas espécies inferiores. Elas podem ter, mas de uma forma diferente, e aparecer em diferentes situações, através de testes variados", diz o cientista.
Cientistas que normalmente usam o teste para explorar o auto-conhecimento observaram essa qualidade em uma espécie de ave, em um elefante e em golfinhos. Em vez de se perguntarem como a auto-consciência evoluiu entre os primatas, eles enfrentam uma questão maior: como ela evoluiu em espécies tão distintas e distantes. "Nós temos dados que mostram que esses animais se reconhecem no espelho, mas falham no teste da marca", diz Populin. Segundo ele, Há uma corrente da primatologia que diz que, em vez de se dar em forma de ruptura, o auto-conhecimento tem evoluído continuamente. Então é natural encontrá-lo de diferentes formas em diferentes pontos da árvore da evolução. "O teste de marca não é suficiente para detectar auto-conhecimento nas espécies inferiores. Elas podem ter, mas de uma forma diferente, e aparecer em diferentes situações, através de testes variados", diz o cientista.
LL
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