Viver em lugar bonito substitui
necessidade do sagrado da crença
Nos condados dos Estados Unidos que possuem clima agradável e belas paisagens (árvores, montanhas e rios), há menos pessoas que seguem uma religião organizada, em relação às outras regiões daquele país.
A conclusão é de um estudo feito na Universidade Baylor, uma instituição privada cristã.
Na explicação de Todd W. Ferguson, doutorando em sociologia e coordenador do estudo, a sensação do “sagrado” desses ambientes compete com vantagem com o “sagrado” institucionalmente religioso.
Esses ambientes — argumentou —servem de conduto para algo que pode ser considerado como uma epifania.
Além disso, afirmou, caminhar por uma floresta quando quiser e pelo tempo que se desejar é muito mais prazeroso do que ir aos domingos a um culto por obrigação e ficar na igreja por uma hora, contando o tempo passar.
O estudo "O ambiente natural como um recurso espiritual: Uma Teoria da variação regional na adesão religiosa" foi publicado pela revista Sociologia da Religião. Ele cruzou dados de 3.107 condados de congregações religiosas com os do departamento de agricultura, entre outros.
Ferguson esclareceu que seu estudo não indica que as pessoas que moram em regiões aprazíveis estão mais propensas a criar o que pode ser chamado de "Igreja da Natureza".
O que ocorre, disse, é o inverso. Essas pessoas não se filiam às igrejas tradicionais porque já se sentem atendidas em suas demandas espirituais, sem que tomem consciência disso. Isso, portanto, não tem nada a ver com turismo ecológico, explicou.
O estudioso informou que as pessoas que obtêm diante de florestas, lagos e montanhas a sensação do sagrado incluem ateus e agnósticos e crentes não ligados a nenhuma igreja.
Ferguson acrescentou ter colegas que estão levantando dados para verificar até que ponto atividades ligadas à natureza, como surf e mergulho, podem ser vistas como experiências religiosas.
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