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sábado, 10 de outubro de 2015

Como se explica - "Ditador" com tanta popularidade?

É sabido que, sempre que um governante contraria os interesses da economia do Ocidente e seus aliados mundo afora, é automaticamente rotulado como "ditador", visando-se legitimar um futuro golpe tendente a derrubá-lo e a adonar-se da economia do país.

A manipulação da denominada opinião pública mundial é por demais evidente, sempre ao argumento falacioso de que é preciso proteger o povo e restaurar a democracia, aqui e alhures. 

E o que significa restaurar a democracia em um país? Simplesmente, pela apropriação dos votos ou a manipulação dos resultados eleitorais, colocar à testa dos governos pessoas simpáticas às manobras esbulhadoras de empresas supranacionais e bancos, prepostos que irão carrear para os cofres dos dominadores a maior soma possível  de riquezas, desnacionalizar minas e outros recursos naturais, endividar os países por décadas, centenas de anos, mormente pelo descontrole da dívida pública.

Foi assim, na história mais recente, no Iraque (sob Saddam) e na Líbia (sob Kadafi) e presentemente na Coréia do Norte. A propaganda ianque chegou a alegar que Sadham praticava a guerra química contra o seu povo, farsa que foi desmentida categoricamente após o assassinato daquele estadista. 

Essa estratégia recorrente dos capitalistas, invariavelmente motivada pelo desejo de apropriação de petróleo (por exemplo) e de minerais estratégicos, nem sempre é percebida pelos habitantes dos países assaltados e os invasores ainda portam-se como salvadores dos interesses daquelas nações. 

Ou alguém é ingênuo a ponto de crer que os norte-americanos gastam bilhões de dólares no oriente Médio, No Afeganistão e muitas outras regiões do mundo, apenas porque julgam-se os heróis da humanidade, salvadores de democracias e quejandos?

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Coreia do Norte se prepara para celebrar o 70º aniversário do regime

Pyongyang se prepara para um evento que enviará a mensagem de apoio a Kim Jong-un

MACARENA VIDAL LIY Pyongyang (ENVIADA ESPECIAL) 


Kim saúda multidão em visita ao distrito de Sonbong. / KNS (AFP)

A Coreia do Norte se prepara para celebrar neste sábado a data mais importante dos últimos três anos no país, o 70º aniversário oficial da fundação do seu Partido dos Trabalhadores. Há meses, todos os esforços do país se concentraram no desfile que atravessará a praça Kim Il-Sung, o coração da cidade, com a presença de seu dirigente supremo, Kim Jong-un. A capital norte-coreana está coberta de cartazes para um evento comemorativo que enviará a mensagem, à população e aos outros países, de que o regime expressa apoio unânime ao seu chefe, que mantém o controle e não pensa em abrir mão dele em um futuro previsível.

Pyongyang está toda enfeitada. Suas principais avenidas estão cobertas de bandeiras do país, cartazes que celebram o “glorioso 70º aniversário do Partido” e luminosos com o símbolo do regime: a foice, o martelo e o pincel, que “unem os camponeses, os operários e os intelectuais em um mesmo abraço”, conforme explica a senhorita Min, uma das guias que o Ministérios de Relações Exteriores designou para acompanhar os jornalistas estrangeiros. Dezenas deles, procedentes do mundo inteiro, receberam autorização para entrar em um dos países mais fechados do planeta, em uma sinalização da importância que o Governo norte-coreano atribui à efeméride.

Estrelas que, pelo seu desenho e sua cor, pareceriam natalinas em outras regiões e outras épocas do ano e cartazes com referências à mitologia coreana à qual o regime recorre com frequência –o veloz cavalo alado Cholima, alusão ao anseio por um desenvolvimento econômico veloz— também fazem parte de uma decoração feita para o evento, que veste as ruas de Pyongyang com um colorido especial.

Além dos enfeites também há estreias. A partir desta semana um cruzeiro, o Mujigae oferece passeios pelo rio Taedong, depois que Kim Jong-un ter sido o primeiro a subir nele. O restaurante Kyounghung, um dos mais frequentados pela elite, foi renovado de cima abaixo.

E o aeroporto Sunan possui desde 1º de julho um novo terminal, que recebe os visitantes com um café lotado de produtos ocidentais, uma loja livre de impostos onde é possível se equipar com a última moda ou comprar, a preço do ouro, acesso à Internet ou chips para o celular. Embora sua funcionalidade seja limitada: depois que aterrissa o último avião e os últimos passageiros completaram o processo da Alfândega, as luzes vão se apagando.

Não ocorre o mesmo com as imagens do Eterno líder, Kim Il Sung, fundador do regime, e do seu filho e sucessor, Kim Jong-Il, pai do atual líder. Até onze efígies, em estátuas, murais e cartazes, decoram o percurso entre o aeroporto e o centro da capital, todas elas bem iluminadas. Invariavelmente, qualquer outro ponto iluminado possui alguma relação com a dinastia que governa o país há 70 anos: o Arco do Triunfo, “construído para comemorar os 60 anos de nosso Querido Líder” ou o teatro “inaugurado para o centenário do Eterno Líder”, explica a senhorita Min.

A glorificação de seus líderes é a base da propaganda do regime entre os seus cidadãos. E dentro dessa iconografia, não há mensagem mais forte que a do sábado, o desfile militar será acompanhado por um dia inteiro de festividades que vai culminar em uma sessão de fogos de artifício, uma importante realização para um país cujo PIB anual per capita é de 1.800 dólares, abaixo do de Lesoto e Serra Leoa.

Espera-se que o próprio Kim Jong-un presida o desfile pela praça principal de Pyongyang, acompanhado pelos mais altos representantes da hierarquia norte-coreana. Também participarão algumas delegações estrangeiras, incluindo a da China, encabeçada por seu responsável de Propaganda, Liu Yunshan. Pequim e Pyongyang, oficialmente amigas, mantêm relações cada vez mais distantes nos últimos tempos.

Kim já recebeu hoje uma prévia dessa mensagem de fidelidade. Segundo informou a agência oficial de notícias KCNA, os principais órgãos de poder norte-coreano enviaram uma carta na qual afirmam que “o Partido dos Trabalhadores, o Exército e o povo da Coreia do Norte vão sempre vencer em seu progresso heroico, ao contar com você no topo de nosso partido e da revolução”.

Às sete da noite, já escuro na capital norte-coreana, centenas de jovens vestidos exatamente iguais – camisa e boné branco, calça preta, gravata vermelha – caminham para as entradas do metrô. Acabam de terminar um ensaio do desfile. Em outras calçadas, na penumbra, é possível ver dezenas de pessoas andando. São cidadãos comuns que voltam a pé para casa. O horário de trabalho termina às 18h, explica a senhorita Min.

A organização de direitos humanos Human Rights Watch criticou na quinta-feira essas enormes manifestações e outras práticas que, segundo afirma, equivalem à “exploração prestadora” do trabalho de seu povo. “O trabalho forçado na Coreia do Norte tornou-se algo tão comum que não é exagero dizer que domina a vida de seus cidadãos diariamente”, afirma o vice-diretor para a Ásia, Phil Robertson.

Fonte: 

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