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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

MP de Angola acusa pastores da Igreja Universal de homicídio


No 'Dia do Fim' 10 pessoas 
morreram pisoteadas e
120 ficaram feridas

O Ministério Público de Angola denunciou (acusação formal à Justiça) seis pastores da Igreja Universal por “homicídio voluntário” por considerá-los responsáveis pela morte de dez pessoas no dia 31 de dezembro de 2012, na “Vigília da Virada - Dia do Fim”.

O MP também acusou os pastores de “ofensas corporais” por causa dos feridos, que chegaram a 120

Ao divulgar o evento na época, a Igreja conclamou que todos levassem sua família porque haveria solução para problemas como “doenças, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, separação e dívida”.


Na avaliação do Corpo de Bombeiro, mais de 250 mil pessoas compareceram ao Estádio da Cidadela Desportiva, em Luanda, local da vigília, cuja capacidade máxima é de 70 mil.

Houve um tumulto e dez pessoas (incluindo quatro crianças) morreram por asfixia ou pisoteio.

Como punição, o governo de Angola suspendeu as atividades da igreja por 60 dias.

O Ministério Público argumentou que, se a Universal tivesse se preocupado com a segurança do evento, não haveria a tragédia. 

Na época, Ferner Batalha, bispo-adjunto da Universal, admitiu que não esperava o comparecimento de tanta gente. Acrescentou que as autoridades tinham sido informadas sobre o "Dia da Virada".

O Tribunal Provincial de Luanda começou a julgar ontem (13) os pastores. 

No “despacho de pronúncia” (aceitação do caso), o Tribunal afirmou que houve, na organização do evento, “erros seguramente evitáveis, caso [os pastores] tivessem acatado as boas práticas”.



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