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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Maranhão, Bahia e Alagoas têm menores taxas de mortalidade por Covid-19; estados “bolsonaristas” lideram


Brasil tem, em média, 177,7 mortes a cada 100 mil habitantes. No Maranhão, governado por Flávio Dino (PCdoB), a taxa é de 97, e na Bahia, de Rui Costa (PT), de 116,3

Por Plinio Teodoro 19 abr 2021 - 11:46


Bolsonaro faz saudação da cloroquina entre apoiadores de Bagé, no Rio Grande do Sul (Arquivo)

A CPI da Covid-19, que será instalada na próxima quinta-feira (19) no Senado, terá a prerrogativa de vasculhar dados, ouvir depoimentos e até mesmo quebrar sigilos de investigados. No entanto, se apenas se ater aos dados do próprio Ministério da Saúde verá uma ligação intrínseca entre o discurso de Jair Bolsonaro (Sem partido) dirigido a apoiadores nos estados onde obteve maior votação em 2018 e o genocídio que colocou em prática um ano após ser eleito.

Segundo dados do portal Coronavírus Brasil, do Ministério da Saúde, os estados onde Bolsonaro obteve maior votação em 2018, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são os que registram maior taxa de mortalidade por 100 mil habitantes – a média no Brasil é de 177,7.

Em Santa Catarina, onde registrou 61,32% dos votos em 2018, a taxa de mortalidade por 100 mil é de 175,6. As maiores taxas estão concentradas nos três estados sul, com taxas de 203,8 e 178 no Rio Grande do Sul e Paraná, onde obteve respectivamente 49,04% e 52,81% dos votos em 2018.

Em contrapartida, no Nordeste estão os estados que concentram as menores taxas de mortalidade, liderados pelo Maranhão, do “comunista” Flávio Dino (PCdoB), com 97 mortos a cada 100 mil habitantes. No Estado, Bolsonaro obteve apenas 22,68%.
Na sequência estão a Bahia, governada por Rui Costa (PT), com 116,3, e Alagoas, de Renan Filho (MDB), com 118,9. As votações em Bolsonaro nos dois estados foram de 20,94% e 31,2%.

No total, o Nordeste, que criou um consórcio científico para tomar decisões no início da pandemia, registra, em média, 136,4 mortes a cada 100 mil habitantes. No Sul, essa média é de 187,2.

Norte

A situação se repete no Norte do País. Em Roraima, onde Bolsonaro obteve 60,7% dos votos, a taxa de mortalidade chega a 238,5 a cada 100 mil.

O Estado é superado pelo Amazonas – Bolsonaro obteve 41,14% dos votos -, que tem mortalidade de 298,5 a cada 100 mil, e por Rondônia, com taxa de 270,1 – 58,94% dos rondonienses votaram no então candidato do PSL. A região registra, em média, 193,9 mortes a cada 100 mil habitantes.

No Centro-Oeste, onde Bolsonaro obteve apoio expressivo, é a região com maior taxa de mortes, com 214,8 a cada 100 mil. O Sudeste tem 190,8 a cada 100 mil.

Em Mato Grosso, que tem taxa de 256,3 mortes, Bolsonaro obteve 55,81% dos votos.

Entre os estados do Sudeste, Minas Gerais registra a menor taxa, de 143,2 mortes a cada 100 mil habitantes. Na região, os mineiros foram percentualmente os que menos votaram em Bolsonaro, que teve 43,46 dos votos no estado.

Plinio Teodoro

Jornalista, editor de Política da Fórum, especialista em comunicação e relações humanas.

Fonte: Revista Fórum

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