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domingo, 19 de setembro de 2021

Engenheiro da UFMG recebe prêmio de melhor tese do mundo sobre economia de energia


Allan Fagner Cupertino, de 29 anos, foi premiado pela Applications Society (IAS), do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). A pesquisa foi desenvolvida entre 2016 e 2019.


Por Maria Lúcia Gontijo, G1 Minas — Belo Horizonte

19/09/2021 06h00 Atualizado há uma hora



Engenheiro da UFMG recebe prêmio de melhor tese do mundo. — Foto: Arquivo pessoal


O engenheiro elétrico, Allan Fagner Cupertino, de 29 anos, foi premiado com autor da "melhor tese do mundo" em sua área, pela Applications Society (IAS), do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), nos Estados Unidos. A pesquisa, sobre "resoluções de alguns dos problemas na produção de energia renovável", foi desenvolvida entre 2016 e 2019 e apresentada no ano passado.

"Foi uma grata surpresa e me sinto honrado com este reconhecimento. O doutorado não é uma tarefa fácil, ainda mais em um cenário de poucos investimentos. Neste momento, sinto que represento uma vitória para a parcela da população que sempre estudou em escolas públicas e para todos os pesquisadores brasileiros. Acho que o grande diferencial foi uma proposta bastante alinhada com os interesses da indústria e o número de publicações de alto impacto que alcancei durante o doutorado", disse Cupertino.

Nascido na cidade de Coimbra, na Zona da Mata mineira, Allan estudou em escola pública, terminou o Ensino Médio com 16 anos e prestou vestibular para UFMG, em 2009, quando foi morar em Belo Horizonte.

Ele já havia recebido duas outras premiações: melhor tese em engenharia elétrica da UFMG e pela Sociedade Brasileira de Eletrônica de Potência.

Allan explicou que ainda não recebeu o certificado, pois a premiação, que aconteceria neste mês, nos Estados Unidos, foi adiada por causa da pandemia.

Na tese de doutorado premiada – "Modeling, design and fault-tolerant strategies for modular multilevel cascaded converter-based statcoms" (Modelagem, projeto e estratégias de tolerância a falhas para compensadores estáticos síncronos baseados em conversores modulares multinível) –, o mineiro, doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), disse ao G1 que propôs a resolução de alguns dos problemas encontrados na produção de energia renovável.

Ele explicou que o "sistema elétrico de potência está em um processo de transição e esperamos que em breve os países tenham matrizes energéticas 100% renováveis. Para que isto seja possível, tecnologias que possibilitam estabilizar e melhorar a qualidade de energia em frente a intermitência de geração são fundamentais. Acredito que esta tese contribui para a redução de custos da tecnologia dos compensadores, que são cada vez mais importantes para o sistema elétrico de potência".

"Os brasileiros não deveriam pagar tão caro pela energia elétrica, tendo em vista o enorme potencial do país para geração de energia renovável", disse Allan.

Ele disse que a pesquisa se "insere no cenário atual do sistema elétrico de potência, caracterizado pela presença de fontes de energia renovável, sobretudo solar e eólica".

O doutor explicou ainda que o custo destes equipamentos adicionais não serão um "impeditivo" para o crescimento da energia solar fotovoltaica e eólica.

Tese de engenheiro mineiro, sobre energia renovável, ganha prêmio como "melhor do mundo" nos Estados Unidos. — Foto: Arquivo pessoal


Tese do engenheiro elétrico, Allan Cupertino, ganhou em 1º lugar como "melhor tese" do mundo nos EUA. — Foto: Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE)


Allan disse ainda que criou um sistema baseado na redução das perdas do equipamento e no aumento da "confiabilidade e precisão do dispositivo, fatores que têm impacto importante nos custos de operação e manutenção".

"Nesse mercado, o custo operacional do equipamento pode ser comparado ao custo do próprio dispositivo. Se você tem um compensador que vale dez milhões, ele pode chegar a um custo operacional de mesmo valor ao longo de uma década em funcionamento", enfatizou.

Para Cupertino, a energia sustentável no Brasil deveria ser mais estudada e receber mais investimentos.

“É um absurdo que, com um potencial de energia solar tão grande, tenhamos tarifas tão altas provocadas pela crise hídrica. Fornecer energia limpa é importantíssimo para garantir a qualidade de vida da população e diminuir os impactos ambientais no planeta”, falou.

O pesquisador contou que o sistema elétrico de potência passa por um processo de transição e que, "em breve", muitos países terão matrizes energéticas 100% renováveis.


"Para que isso seja possível, são fundamentais as tecnologias que possibilitam estabilizar e melhorar a qualidade de energia frente à intermitência de geração", disse.

Fonte: G1

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