Marcos Antônio da Rocha Cesário Araújo, de 18 anos, foi torturado pela Polícia Militar (PM) do estado de Goiás no dia 3 de agosto. O jovem, que havia se mudado para a sua nova casa apenas dois dias antes, foi rendido, algemado e espancado na frente da esposa, do filho de dois anos e de outra filha recém-nascida.
Segundo a esposa, após o seu parto, os policiais o aguardavam na porta de casa e o detiveram quando ele retornou. Após a sessão insana de tortura, Marcos foi levado do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde teve que passar por uma cirurgia e drenagem para retirada de coágulos do cérebro. Ele está em estado grave.
Segundo Andressa Araújo, irmã do jovem, “ele tinha alugado a casa há dois dias, estava arrumando as coisas da mudança ainda. A mulher dele tinha acabado de sair do hospital depois de dar à luz. Quando ele chegou em casa, os policiais já estavam esperando e começaram a bater nele perguntando ‘cadê o fulano?’. O menino [filho de Marcos] agora está traumatizado. Fica olhando para o nada e começa a chamar pelo pai, chora o tempo todo”.
A polícia tentou justificar o injustificável afirmando que os agentes procuravam o antigo morador do local.
Não é ‘caso isolado’
Embora o monopólio da imprensa tente apontar o fato como mais um "caso isolado", essa atrocidade criminosa por parte da polícia é um rotina nas favelas e bairros pobres do país. No dia 31 de julho, por exemplo, o policial militar do Ceará, Leonardo Jader Gonçalves Lírio, acusado de torturar um adolescente há quase um ano, foi preso por ter intimidado uma testemunha do caso e a própria vítima da atrocidade.
No dia 14 de julho, no Distrito Federal, 14 policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público por tortura, corrupção passiva qualificada, peculato, falsidade ideológica e tráfico de drogas.
Já no dia 29 do mesmo mês, em Campinas (SP), um policial aposentado de 51 anos foi preso em flagrante por torturar e agredir um guarda civil. O caso foi motivado por ciúmes, segundo o bandido.
Marcos sendo atendido após ser torturado. Foto: Reprodução
2 comentários:
Essas ditas ‘polícias’ são exércitos dos Governadores e pouco ou nada prestam de serviço à cidadania. São verdadeiros “Estados dentro dos Estados”. Não sei como, mas necessário livrar nosso país de tamanhas inutilidades.
Concordo plenamente com você. Forte abraço, amigo Jorge.
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