Perfil

Advogado - Nascido em 1949, na Ilha de SC/BR - Ateu - Adepto do Humanismo e da Ecologia - Residente em Ratones - Florianópolis/SC/BR

Mensagem aos leitores

Benvindo ao universo dos leitores do Izidoro.
Você está convidado a tecer comentários sobre as matérias postadas, os quais serão publicados automaticamente e mantidos neste blog, mesmo que contenham opinião contrária à emitida pelo mantenedor, salvo opiniões extremamente ofensivas, que serão expurgadas, ao critério exclusivo do blogueiro.
Não serão aceitas mensagens destinadas a propaganda comercial ou de serviços, sem que previamente consultado o responsável pelo blog.



quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Morte, subnutrição e baixo QI: os efeitos da crise do clima são mais do que parecem


 
01.08.2019 às 8h00





Chris Clor/Blend Images 
 
As alterações climáticas vão afetar a nossa vida de várias formas, mais do que aquelas que à partida imaginamos. Um relatório produzido na Universidade Monash, na Austrália, reuniu uma série trabalhos científicos realizados nos últimos anos sobre o tema e pintou o futuro da região do Pacífico

É um retrato desagradável, impróprio para colocar na sua sala de estar. Aquilo que os mais recentes estudos nos mostram sobre o futuro de um planeta afetado pelo aquecimento global é mais complexo do que à partida imaginamos. Para além de mortes de pessoas e de animais, o relatório da universidade australiana também prevê baixa subnutrição e diminuição do QI em crianças nas próximas décadas.

O relatório foca-se no caso australiano e nas consequências ao nível daquela região. Contudo, a base científica do mesmo é aplicável a nível mundial. Intitulado “From Townsville to Tuvalu”, o documento é pioneiro no sentido de ligar a questão das alterações climáticas a problemas nos mais variados níveis.

Comecemos pela menos óbvia: o que é que o quociente de inteligência tem a ver com as alterações climáticas? Um dos estudos mencionados no relatório mostra que os filhos de mulheres que estavam grávidas durante as cheias em Brisbane, na Austrália, entre 2010-2011 tinham menor capacidade cognitiva (equivalente a pelo menos 14 pontos numa escala de QI), vocabulário menos desenvolvido e brincadeiras menos criativas nos primeiros anos de idade. Este desastre natural afetou mais de 200 mil pessoas na região nordeste do país.

Mas os efeitos das alterações climáticas são também ao nível da alimentação. A diminuição do valor nutricional das culturas agrícolas, resultado da maior concentração de CO2, também causa problemas de saúde, como anemia ou subnutrição. Estas consequências já se fazem sentir em algumas partes do planeta, mas irão alastrar-se com o passar do tempo por outras regiões.

A exposição ao calor é também um fator a ter em conta. Um relatório de 2017 estima que, em 2100, 75% das pessoas em todo o mundo estarão expostas a ondas de calor extremas o suficiente para matar. Além disso, o aumento do calor provoca a expansão do habitat dos mosquitos, ou pelo menos a sua migração para zonas mais amenas, expondo mais pessoas a doenças como dengue, febre amarela, chikungunya e o vírus zika. E, claro, os próprios desastres naturais cada vez mais frequentes e que causam danos humanos direta e indiretamente.

Fonte: http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-08-01-Morte-subnutricao-e-baixo-QI-os-efeitos-da-crise-do-clima-sao-mais-do-que-parecem

Nenhum comentário: